quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Na cadeia, máfia de evangélicos denunciada por tortura, cobrança de dízimo e ameaça. Travecos eram usados como moeda.




Universal do Reino de Deus emitia boletos para serem pagos por familiares, que por sua vez eram cobrados por leões de chácara bombados. Homossexuais eram obrigados a virarem machos na marra, caso contrário, tinham aval para serem estuprados



Dezesseis presos da Ala Evangélica do Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC) foram denunciados, pelo Ministério Público, por tortura, tráfico de influência e extorsão. Outros 3 servidores de todos os níveis da unidade foram identificados na prática do crime de corrupção e serão investigados. Promotor de Justiça responsável pelo caso, Célio Wilson de Oliveira explica que representantes de duas das 3 denominações religiosas que realizam trabalhos junto aos presos estão envolvidos com o esquema.

Os acusados cobravam para que outros presos permanecessem na ala, além de obrigá- los a frequentar cultos. Ficavam com 40% dos alimentos e produtos de higiene levados por familiares e vendiam regalias por meio do pagamento de propina. Uma das “facilidades” oferecida com a conivência e suposta participação dos servidores eram indicações para o trabalho externo.

O esquema, que arrecadava mensalmente cerca de R$ 15 mil, consistia na cobrança de cotas diversas, para motivos estabelecidos pelos líderes das alas. Entre eles a aquisição de televisores, geladeira, a manutenção do prédio e outras reformas. Aqueles que se negavam a pagar eram alvo de retaliações, como a perda do direito a dormir em um dos colchões da unidade, além de sofrerem agressões físicas e ameaças, inclusive de morte.

Em outra frente, 40% de tudo o que os familiares dos presos levavam nas visitas eram recolhidos pelos líderes e vendido aos reeducandos. Dos valores arrecadados, uma parte era destinada aos líderes do esquema. Uma das igrejas, a Universal do Reino de Deus, emitia boletos que deveriam ser pagos por familiares utilizando, inclusive, dinheiro do auxílio-reclusão, benefício concedido pelo Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) para presos condenados que estavam trabalhando com carteira assinada. Faturas foram apreendidas durante operação realizada na unidade em 13 de abril deste ano.

As igrejas escolhiam como líderes das alas pessoas de porte físico avantajado, que se impunham sobre os outros presos, tudo para garantir o pagamento de dízimo diariamente além de cotas quinzenais. Apenas uma das ações descobertas pelo MP arrecadou mais de R$ 1 mil.

O tipo de reeducando escolhido para liderar a denominação facilitava todo o trabalho de arrecadação. “Se sozinho ele já se impunha perante os outros, formando um grupo coeso e com o apoio ou a conivência da direção da unidade eles se tornaram intocáveis dentro do CRC. Isso impedia qualquer reação dos outros presos”.

Para Oliveira, o domínio de reeducandos nas atividades do CRC, a exemplo do que ocorre em outros presídios, é motivado pela falta de discernimento dos gestores sobre o que deve ficar a cargo dos presos, aliado ao fato de que o Poder Público é omisso quando se trata do sistema prisional. “A concessão de regalias, a conivência com determinadas condutas e a necessidade de pactuar com lideranças nem sempre positivas é uma constante para que seja possível manter um mínimo de tranquilidade.”

O trabalho do Ministério Público foi possibilitado por uma denúncia formal de um familiar de um reeducando, ameaçado pela organização. Após o início das investigações, pais, mães e esposas de presos relataram os problemas. Mãe de um reeducando, que prefere não ser identificada, uma dona de casa conta como tudo começou. “Cheguei um dia para visitar meu filho e toda a alimentação que levei para ele, além de roupas, ficou retido com um ‘líder’. Perguntei para o meu filho e ele explicou que tinha que levar dinheiro para resgatar os produtos. Era o dízimo”.

A mulher conta que quando não conseguia juntar o dinheiro, recebia um boleto para o pagamento durante a semana. O comprovante deveria ser levado na visita seguinte. “Quando não chegava com o dinheiro, meu filho ficava apavorado, porque sabia que ia ser humilhado, maltratado e até agredido ou morto”.

Além do pagamento, a mulher relata que os familiares eram também obrigados a participar dos cultos promovidos nos dias de visitas.

Servidores

A participação dos funcionários, explica o promotor Célio Wilson, ajuda a tornar claro por qual motivo a rede de extorsão atingiu praticamente toda a unidade prisional. Sem a conivência de servidores, era impossível aos evangélicos conseguir atingir a ala conhecida como “contêiner”, uma das melhores, na opinião dos presos.


Além de supostamente corromper os funcionários da unidade - o caso será investigado pela 14ª Promotoria de Justiça Criminal - os líderes do esquema utilizavam da proximidade com a direção da unidade para realizar as indicações. “Eles negociavam as vagas e se valiam da proximidade com a direção da unidade para fazer as indicações, que muitas vezes eram acatadas”.

Quem também era obrigado a seguir as determinações da organização criminosa eram os homossexuais. Matéria de 4 de março denunciava o “leilão” de travestis que eram usados como “moeda” em trocas envolvendo os presos. Na reportagem, o presidente da Organização Não Governamental (ONG) LivreMente, Clóvis Arantes, explicava que os presos da ala evangélica comandavam os leilões dentro do CRC.


Destaca que a violência contra os travestis começa na entrada da unidade prisional, quando são obrigados a raspar a cabeça e abandonar o nome social, adotado, além de utilizar roupas masculinas. “É uma violência simbólica exigida pelos detentos que irão conviver com os travestis e ocorre, principalmente, onde existem as organizações evangélicas”. Aqueles que não aceitam a imposição de reprimir a homossexualidade e decidem manter sua orientação sexual, passam a ser considerados aptos a serem estuprados por outros presos.




L

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

DEUS, O DIVÓRCIO E O SEGUNDO CASAMENTO



Dani Marques

O divórcio é permitido por Deus? Quem casa pela segunda vez comete adultério? Estas são questões antigas e muito delicadas. Em alguns aspectos, a Bíblia é clara, mas em outros, nem tanto. Por isso surgem as dúvidas, discussões e facções.

Bom, vamos começar do começo. Na época anterior às Leis, era permitido (e muito comum) que um homem abandonasse sua mulher por motivos banais (excesso de celulite ou pão queimado, por exemplo). Naquele tempo, a mulher era extremamente desvalorizada e as que eram rejeitadas pelo marido, tornavam-se marginalizadas. Inclusive, as próprias famílias se recusavam a aceitá-las de volta, por isso, muitas acabavam sobrevivendo às custas de esmolas ou prostituição.

A Bíblia nos conta em Deuteronômio 24:1 a 4, que por este motivo Deus permitiu ao homem dar certidão de divórcio à sua mulher. Ou seja, com este documento em mãos, ela teria a oportunidade de se casar novamente. Pois bem, pulando uma boa parte da história, chegamos em Jesus. Em Mateus 5:31 e 32 ele diz: “A lei de Moisés diz: Se alguém quiser divorciar-se de sua esposa, deverá entregar-lhe um documento do divórcio. Porém eu digo que se um homem se divorciar de sua esposa, a não ser por causa de imoralidade sexual, faz com que ela, casando-se de novo, cometa adultério. E aquele que se casar com ela, também comete adultério.”

Aqui fica claro que o divórcio é permitido por Deus apenas em casos de imoralidade sexual (original grego: pornéia - práticas sexuais ilícitas). No meu ponto de vista, tudo aquilo que é feito fora da aliança do casamento ou dentro dela, mas sem amor, é considerado imoralidade sexual. "Quer dizer então que se meu marido acessar pornografia ou minha esposa beijar outro homem posso me divorciar?" Aí entramos em outra questão: o arrependimento e o perdão. Não posso criar uma regra. Cada caso é um caso. Se esta é sua dúvida, sugiro que leia: Devo perdoar uma traição?

“Mas Dani, e se meu cônjuge comete práticas sexuais ilícitas com frequência e não se arrepende?” 

Em 99% dos casos (estatística minha), as pessoas sabem muito bem com quem estão se casando. A paixão avassaladora acaba deixando de lado alguns “detalhes” importantes, mas nem por isso podemos nos isentar da culpa. Na grande maioria dos casos (a não ser que haja uma intervenção divina), o defeitinho do namoro se transforma num verdadeiro "tornado" durante o casamento. Mas como a decisão de casar também foi sua, creio que deva assumir as consequências do erro e permanecer casado.

A Bíblia nos ensina lá em 1 Pedro 3:1 e em 1 Cor 7:12 a 14, que através do nosso testemunho de vida podemos “ganhar” o cônjuge para Cristo. Ou seja, pela nossa conduta honesta e respeitosa, ele pode ser transformado. Quanto tempo isso pode durar? Não sei. Talvez alguns meses ou uma vida inteira. “Mas eu vou sofrer a vida toda?” Como eu disse anteriormente, existem casos e casos. Por obediência a Deus e à Palavra, eu diria que sim, você deve aguentar até o fim. Se cumprir a sua parte, sei que Deus será fiel para cumprir a Dele! Mas caso o cônjuge descrente decida pelo divórcio, não force a reconciliação (conforme 1Cor 7:15), a não ser que ele esteja aberto pra isso. Apenas ore pedindo sabedoria e direção a Deus.

Voltando à “cláusula da exceção”, creio que o Senhor a permitiu por amor. Ele entende o nosso sofrimento e sabe que somos falhos e pecadores.

Conheci o caso de uma mulher que se casou com um homem exemplar. Ele era cristão, assim como ela, e toda a família apoiou a união. Mas ela não fazia ideia de que o seu pretendente escondia um segredo: o desejo incontrolável por sexo anal. Durante anos ela cedeu, contra a sua vontade, mas chegou num ponto em que os machucados físicos e os da alma ficaram tão grandes, que ela pediu o divórcio. Depois de alguns anos, se casou novamente, e hoje, é muito feliz neste novo relacionamento. Creio que o Senhor não a condenaria por isso. Ela tentou satisfazer seu ex-marido durante anos, mas ele não correspondeu, ignorando o seu sofrimento. Foi egoísta. Um belo exemplo de imoralidade sexual. Não acho que seja certo uma pessoa optar por pular num abismo e puxar o cônjuge junto. E era exatamente isto que este homem estava fazendo. Creio num Deus de amor e justo, que não sente prazer no sofrimento do filho.

Aqui deixo uma dica para os solteiros: Converse sobre TUDO com o seu futuro cônjuge, inclusive sobre assuntos delicados como: sexo anal, sexo oral, pornografia, atração por pessoas do mesmo sexo, masturbação e etc. Como eu disse, o defeitinho do namoro costuma se transformar num tornado durante o casamento. Recomendo que leiam: Ela é a pessoa certa pra eu casar?

"Mas e quanto ao segundo casamento? É permitido por Deus?" Pra mim é óbvio. A carta de divórcio foi permitida exatamente por este motivo, para que a mulher tivesse a oportunidade de se casar novamente. Se não fosse assim, uma simples separação resolveria. No texto de Mateus 5, citado no início do post, entendemos que se um homem abandonar sua mulher e se casar com outra, mesmo entregando a carta de divórcio, estará cometendo adultério e fazendo com que sua mulher se torne adúltera ao se casar novamente (a não ser em casos de relações sexuais ilícitas). Por que estou dizendo isto?

Naquela época, os mestres da lei e líderes religiosos, mais conhecidos como fariseus hipócritas (e muitos outros judeus), usavam as leis para encobertar seus erros. Como? De diversas formas e uma delas era a seguinte: Quando se cansavam da esposa, entregavam uma carta de divórcio à ela e se casavam com outra, e hipocritamente diziam: “Não fizemos nada de errado. Estamos cumprindo a lei!” Para atitudes como esta, Jesus tem algo a dizer: "Vocês são os que se justificam a si mesmos aos olhos dos homens, mas Deus conhece os corações de vocês. Aquilo que tem muito valor entre os homens é detestável aos olhos de Deus". (Lucas 16:15)

Através do profeta Malaquias, Deus diz que foi ele quem fez o casamento e “seu Espírito permeia até os menores detalhes desta união. Portanto, guarde o espírito do casamento dentro de você. Não traia a sua esposa. ‘Eu odeio o divórcio, diz o Deus de Israel. ‘Odeio o desmembramento violento da ‘uma carne’ do casamento. Portanto, cuidem-se. Não baixem a guarda. Não traiam!” (Malaquias 2: 14 a 16 – Bíblia A Mensagem). Agora digo eu: Veja bem com quem vai se casar, clame pela direção do Senhor, pois para um verdadeiro cristão, o divórcio não deve ser uma opção. Aquele pensamento comum: "se não der certo separa", não pode ser uma possibilidade em nossas vidas, pois no plano original de Deus para o casamento, o divórcio não existia. Seu ideal era que homem e mulher permanecessem casados até que a união fosse rompida pela morte. Vejam:

"Um dia, os fariseus vieram provocá-lo: “É permitido um homem divorciar-se da esposa por qualquer razão?”. Jesus respondeu: “Vocês não leram que o Criador, no plano original, fez o homem e a mulher um para o outro, macho e fêmea? Por causa disso, um homem deixa pai e mãe e une-se à sua esposa, tornando-se uma carne com ela. Não são mais dois, mas apenas um. Deus criou uma união tão perfeita, que ninguém pode ter a ousadia de profaná-la, separando-os”. Eles retrucaram: “Se é assim, por que Moisés ordenou que o marido mandasse sua mulher embora, dando-lhe uma certidão de divórcio?”. Jesus disse: “Moisés deixou o divórcio apenas como concessão por causa do coração duro de vocês, mas não era parte do plano original de Deus. Estou apresentando o plano original. Assim, se alguém se divorciar de uma esposa fiel e se casar com outra pessoa, a responsabilidade do adultério recairá sobre ele. A única exceção é o caso quando uma das partes comete imoralidade sexual”. (Mt 19:3 a 9 - Bíblia A Mensagem)

Percebam que pela dureza do coração do homem, Deus permitiu o divórcio (em caso de imoralidade sexual), não ordenou.

"Mas Dani, e quanto ao versículo 6 do capítulo 19 de Mateus: "Portanto, o que DEUS AJUNTOU não o separe o homem"? Eu respondo com outra pergunta: "Você tem certeza absoluta que foi Deus o grande responsável por esta união? Ou foi a oração do padre/pastor, uma linda cerimônia e um filho antes da hora?" O versículo só se enquadra quando a união está debaixo da vontade soberana de Deus e o casal realmente vive como uma só carne, e não quando os pombinhos são motivados pelo ímpeto das emoções e do engano do coração apaixonado. E o negócio fica mais sério ainda quando descobrimos que o ato sexual, também é casamento. Veja em: Posso transar antes de casar - parte II.

E pra finalizar, gostaria de deixar alguns versículos que esclarecem todas as questões colocadas acima. Se temos a nossa vida totalmente regida pelo Espírito Santo de Deus, ele nos dirá como agir diante de cada situação. Mas se ainda somos controlados pela natureza humana, o divórcio sempre será uma opção, porque os frutos da carne são: “imoralidade sexual, impureza e libertinagem, idolatria e feitiçaria, ódio e discórdia, ciúme e ira, egoísmo, queixas e críticas, dissensões, facções, inveja, embriaguez, orgias e toda essa espécie de coisas. Mas quando o Espírito Santo controla as nossas vidas, os frutos são: amor, alegria, paz, paciência, retidão, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio”. (Gálatas 5: 19 a 23)

“Como é esse negócio de ser guiado pelo Espírito Santo de Deus?” A partir do momento que confessamos com os lábios Jesus como Senhor e Salvador das nossas vidas, e cremos com o coração, somos salvos, ou seja, somos reconhecidos como filhos de Deus e obtemos a vida eterna (conforme Romanos 10:9 e João 1:12). E o mesmo texto de Romanos diz no versículo 14: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar?” Você precisa conhecer Jesus para poder crer. "E como conhecê-lo?" Lendo a Bíblia. Recomendo que compre uma versão mais fácil de entender, como a NVI (veja a opção online) ou a Bíblia Viva, e comece pelo livro de João, no Novo Testamento (pelo índice é fácil de encontrar). Leia e releia este livro. Quando estiver bem memorizado, passe para os outros evangelhos: Mateus, Marcos e Lucas. Enquanto estiver lendo, peça a Deus que abra o seu entendimento e te encha do Espírito Santo, com fé: “Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está no céu dará o Espírito Santo a quem o pedir!" Lc 11:13. Depois, leia as cartas que seguem e assista de camarote uma transformação incrível acontecer em sua vida. Não estou te apresentando uma fórmula mágica para o fim dos problemas, mas sim o Único caminho que pode te levar à Deus, o autor da vida!

Gostaria de deixar três observações importantes:

- Quanto aos que se divorciaram antes de conhecer a Cristo e desejam se casar novamente, não há muito o que dizer. A vida começa do zero quando recebemos Jesus em nossas vidas!

- Se você e seus filhos estão correndo risco de vida ou sofrendo abusos, sugiro que se afastem por um tempo. Neste período, orem juntos buscando a direção de Deus. Busquem também ajuda de pessoas que compartilham desta mesma fé.

- "Uma pessoa em processo de divórcio pode permanecer num cargo de liderança na igreja?" O sofrimento causado pelo divórcio, na grande maioria das vezes, faz com que a pessoa sinta automaticamente o desejo de ser ministrada, e não de ministrar. Mas existem exceções. Se uma esposa que foi traída e abandonada pelo marido é professora de crianças, por exemplo, e sente o desejo de continuar ministrando, não vejo problema algum, desde que o sofrimento dela não interfira nas aulas. Por outro lado, se a pessoa em questão não se arrependeu do erro e permanece na imoralidade, vai exercer cargo de liderança pra quê? Pra ser modelo de insensatez? Se você é líder de uma comunidade, sugiro que peça todos os dias sabedoria a Deus, como alguém que clama por água no deserto: "Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade, e lhe será concedida." (Tg 1:5). Um casal em processo de divórcio precisa ser amado, acolhido e pastoreado. O amor cura, a condenação mata.



Dani Marques é colaboradora do Genizah. Conheça o seu blog pessoal AQUI.


sábado, 8 de setembro de 2012

Libertado no Irã o pastor Youcef Nadarkhani




O pastor Youcef Nadarkhani, depois de quase três anos preso e condenado à morte, foi liberto hoje,  8 de setembro de 2012.

Nadarkhani foi absolvido da acusação de apostasia (abandono da fé islâmica), mas condenado a três anos por evangelizar os muçulmanos. Como ele passou praticamente três anos preso aguardando julgamento, obteve a liberdade.

O tribunal deliberou esta manhã em uma audiência que durou mais de seis horas. Observadores temiam que novas acusações fossem feitas neste último julgamento, mas isto não ocorreu. Ao final, o pastor  já estava liberado para voltar para casa. Desde o início da tarde, ele está com a sua família e já recebendo as mensagens de grupos cristãos de todo o mundo.

Naturalmente, Nadarkhani não poderá mais evangelizar no Irã. O pastor ainda não se manifestou sobre seus projetos, mas é provável que venha deixar o país.


Família aguarda o pastor na porta da prisão


O pastor sai da prisão e é recebido por sua família que corre em sua direção

O encontro com sua esposa
E recebe flores de seu filho mais velho - Daniel (9). Também na foto, o outro filho Yoel (7), a mãe Fatema, esposa Tina, amigos e parentes.

A luta

Youssef Nadarkhani foi preso em 2009 porque não quis que os filhos estudassem  o Alcorão.

Ele se converteu a Cristo aos 19 anos de idade e três anos depois, já pastor evangélico, fundou uma pequena comunidade cristã na cidade de Rasht, a noroeste de Teerã.

Nadarkhani foi preso, acusado de abandonar a fé islâmica e evangelizar muçulmanos, e recebeu a sentença máxima: morte por enforcamento.

Durante três anos, o caso foi examinado por cortes superiores iranianas. A esposa de Nadarkhani também foi detida, chegou a ser condenada à prisão perpétua, mas depois foi solta. O pastor, por três vezes, recebeu proposta de abandonar o cristianismo e voltar para o islã, em troca da suspensão da pena de morte. Youssef Nadarkhani não aceitou.

A pressão internacional em favor da causa do pastor foi muito grande, com destaque para  grupos de cristãos estadunidenses e latino-americanos, mas o fator decisivo envolveu  a pressão de governos com os quais o Irã mantém boas relações, incluindo o brasileiro.


Agora, é hora de agradecer a Deus pela liberdade deste pregador do Evangelho e seguir intercedendo por seu ministério e pela sua segurança e de sua família.





Com informações das agências



quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Queridinha Gospel Aline Barros se mete com política



O prefeito do Rio e candidato à reeleição, Eduardo Paes, tem o apoio da cantora gospel Aline Barros


Boainformacão


O prefeito do Rio de Janeiro e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PMDB), encerrou a edição vespertina de seu horário político na TV com um longo depoimento da cantora gospel Aline Barros.

O espaço de quase dois minutos da entrevista com Barros é superior, por exemplo, ao total utilizado pelo principal adversário de Paes na disputa pelo governo municipal, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) –que tem 1m22s de propaganda na TV.

A cantora gospel foi criticada por muitos evangélicos quando declarou seu apoio a Paes –principalmente pelos religiosos mais tradicionais, cuja tendência seria apoiar a candidatura de Rodrigo Maia (DEM) em função da aliança com o partido do ex-governador Anthony Garotinho (PR), que sempre teve muita força eleitoral entre os evangélicos.

Apesar de a cantora ser a única representante evangélica no grupo de artistas e celebridades que participam da campanha de Paes –a maioria é formada por sambistas–, tal nicho eleitoral é tido como fundamental para a reeleição do peemedebista.

Durante a pré-campanha, Paes conseguiu unificar o apoio de praticamente todas as lideranças evangélicas mais importantes, tais como o senador Marcelo Crivella (PRB), ligado à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), além dos pastores Silas Malafaia, RR Soares, Valdemiro Santiago, entre outros.


Confira o apoio da estrela gospel







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