terça-feira, 30 de abril de 2013

Qualquer semelhança com o que estão fazendo hoje com o Evangelho é apenas coincidência !!!!


sexta-feira, 26 de abril de 2013

RETETÉ: A macumba pentecostal



Dani Marques

As manisfestações do Espírito precisam obrigatoriamente vir acompanhadas de "reteté"? Bom, já tive as minhas experiências sobrenaturais, mas acho preocupante a maneira como muitos cristãos lidam com essa questão. Alguns, são tão dependentes das chamadas "manifestações do Espírito", que chegam a acreditar que Deus não esteve presente ou não agiu quando elas não acontecem. Desculpe, mas tenho que dizer que isso não condiz com a Palavra. A maior evidência de que um indivíduo está cheio do Espírito, é quando manifesta em sua vida o caráter de Cristo e não quando sapateia, dança, grita e rodopia. A plenitude do Espírito Santo é uma ordem de Deus e não é privilégio de alguns, mas de todos os que creram e receberam Jesus em suas vidas, diz a Palavra. O Espírito Santo habita em nós 24 horas por dia e 7 dias por semana, e não precisa ser invocado para se manifestar. O mover e as manifestações acontecem à todo momento na vida da pessoa que caminha em verdadeira comunhão com Deus.

Já presenciei manifestações no meio evangélico semelhantes à reuniões de umbanda e candomblé, repletas de rituais, invocações, frases prontas, mantras, danças e movimentos que mais se assemelham a incorporações. Cheguei a ouvir uma pessoa dizendo: "Tô vendo aqui na igreja a mesma coisa que via lá no espiritismo". Esses rituais se repetem em cada "seção" ou reunião, seguidos das mais diversas manifestações. Sem contar as "bizarrices" que encontramos por aí: paletó que derruba gente, fogueira santa, bota de cobra piton para pisar no diabo, mão gigante para ser tocada, anjos massageadores, unção do leão, do pião e por aí vai... Para essas pessoas, a fé pura e simples não é suficiente, por isso constroem seus próprios "bezerros de ouro". Elas precisam tocar, sentir e ver! Esquecem que a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos, e se sentem incompletas quando não acontece o sobrenatural de Deus. Mas Paulo nos lembra que o andar no Espírito está muito longe disso: "Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.... Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito". Gálatas 5:22-25

Como disse anteriormente, sei que o Espírito Santo de Deus, que habita em nós, pode se manifestar de formas que pareçam estranhas aos olhos humanos, eu creio! Mas a questão aqui é outra. Estou falando de pessoas dependentes dessas manifestações: "Se não houve 'reteté' é porque o Espírito não agiu!", "Se não orou em línguas é porque não foi batizado", "Se não chorou é porque não recebeu a unção", "Se não gritou e rodopiou é porque não teve fé!". Gente, desculpe a minha sinceridade, mas pra mim isso não passa de idolatria ao "mover", e não tem absolutamente nada a ver com o Evangelho puro e simples de Jesus. Vamos fazer um pequeno teste: Imagine se você tivesse que passar o resto da vida sem presenciar ou sentir uma manifestação sobrenatural de Deus, se sentiria completo? Cheio do Espírito? Se a sua reposta for "não" ou "talvez", é bom começar a se preocupar.

Se tiver que acontecer algum tipo de manifestação sobrenatural, que aconteça, mas da forma mais natural possível. Não podemos viver em busca e na dependência delas, pois isso adoece a alma. Imagine se os discípulos vivessem em busca de experiências como a que tiveram no monte da transfiguração? Ela aconteceu? Sim! Foi maravilhosa? Claro! Tanto que eles nem queriam sair de lá! Mas percebam que quem promoveu "O Encontro" foi Jesus e não os discípulos. Foi Ele quem os conduziu até esta experiência, percebe a diferença? Lembrando que logo em seguida os fez descer e voltar à realidade, e a primeira atitude que tomou ao chegar, foi curar um menino lunático. Sem rodopios, sem gritaria e sem sapateado: "E, repreendeu Jesus o demônio, que saiu dele, e desde aquela hora o menino sarou." Mt 17:18. Pronto, simples assim! Vejam que eles estavam retornando de uma experiência sobrenatural maravilhosa! Jesus poderia muito bem ter aproveitado a unção e transformado a situação num verdadeiro "show pirotécnico", mas não o fez, justamente para nos ensinar que este não é o foco e que esta não deve ser a nossa preocupação.

Outra coisa que me preocupa são as músicas recheadas de repetições. Verdadeiros mantras! Elas fazem com que a igreja entre numa espécie de transe: "Vem Espírito x 20; Sopra neste lugar x 15; Derrama x 30... Repito: o Espírito Santo não precisa de invocação, pois ele habita em nós, em todo lugar e a todo momento! Outro detalhe: a música mexe profundamente com as emoções, e a linha que separa a manifestação emocional da espiritual é muito tênue, poucos conseguem discenir. A mente é como um mundo paralelo, e cada um desenvolve o que deseja. A psiquiatria chama isso de "Transtornos Dissociativos", podendo acontecer de forma coletiva. Causam estados alterados de consciência, estado de sugestionabilidade aumentada (frases repetitivas, ordens de comando, cânticos e movimentos pseudoespirituais), aumento de percepções de imagens como luzes ou fumaça, dimuição da iniciativa e da atitude de planejamento (fazer o que pedem) e redução momentânea da capacidade de teste de realidade. Tais fenômenos são caracterizados por estados transitórios em que parece haver uma dissociação mental completa ou parcial, na qual o sujeito pode apresentar-se sem movimentação motora ou com automatismos em atos e pensamentos e um estado hipnótico, semelhante a um sonho ou embriaguês². Isso te lembra algo?

Não posso esquecer daqueles que passam uma vida inteira correndo atrás de revelações, promessas e profecias. Erram feio por não conhecerem as Escrituras! Todas as promessas e revelações que Deus tem para a sua vida já foram dadas, é só ler a Bíblia! Mas dá trabalho né? É muito mais fácil sair por aí em busca de ungidos do Senhor para receber aquela oração poderosa, não é mesmo? Você deveria correr atrás de Deus, e não do sobrenatural de Deus! Estude a Palavra diariamente, ore em todo o tempo e busque transmitir o caráter de Cristo através de suas ações, palavras e pensamentos. E se Deus precisar te mandar algum recado, fique tranquilo, ele vai dar um jeito de mandar! Ah vai!

Caio Fábio disse acertadamente: "O justo vive pela fé, não por emoções e sensações. As emoções podem ser desastrosas quando tomam o comando da vida. Por trás de todas as maluquices da religião, há pessoas emocionalmente desequilibradas, e que confundem suas emoções com a vontade de Deus ou manifestações do Espírito. Para essas pessoas, o Espírito Santo é concedido pelo esforço humano, pela sua concentração emocional e pela sua aflição desejosa de Deus, e mais, tem que haver línguas e sinais externos de natureza sobrenatural, pois, para ele, o fruto do Espírito e a presença do Espírito não é amor, alegria, paz, bondade, benignidade, mansidão e domínio próprio, mas sim euforia descontrolada, embriagues dos sentidos, profecias nervosas e muita santaradice... Jesus, no entanto, disse que o Pai dá o Espírito Santo a quem quer lho peça, assim como um pai humano bom, que, recebendo o pedido de um filho que lhe pede um pão, a ele não serve uma serpente. Portanto, para receber o Espírito Santo basta dizer crendo: “Pai, dá-me o Teu Espírito!” e o Pai dará o Espírito: “Ora se vós que sois maus sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai Celeste não dará o Espírito Santo a todos os que lho pedirem?” — indaga Jesus o óbvio. Assim, não crer que o Espírito Santo me seja dado pelo amor do Pai em razão de minha fé simples e humilde, é pecado contra a Palavra de Jesus e contra a pureza e simplicidade do amor de Deus. Por isto é útil meditar no fato que a fé não tem nada a ver com emoção. Pela fé, você é habitado pelo Espírito de Deus, e Dele bebe de todas as fontes espirituais que estão franquiadas a todos nós que cremos, e não apenas a um grupo específico e em momentos específicos. O batismo com o Espírito Santo é sinônimo de conversão e regeneração, é a mesma coisa que “nascer de novo” e isso acontece apenas uma vez, assim que você recebe Cristo em sua vida. Ele não fica saindo, entrando e te batizando cada vez que volta".

Não podemos esquecer também que o Espírito é o mesmo em todos, apenas se manifesta de formas variadas, conforme 1 Coríntios 12:7-11: "A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum. Pelo Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de conhecimento, pelo mesmo Espírito; a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro, dons de cura, pelo único Espírito; a outro, poder para operar milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas. Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, conforme quer."

Oração em línguas é outra questão. Não encontro na Bíblia algo que justifique o falar em línguas no púlpito ou microfone, muito pelo contrário: "Se, porém, alguém falar em língua, devem falar dois, no máximo três, e alguém deve interpretar. Se não houver intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus". 1 Coríntios 14:27-28. Fora os que soltam os "alabaxuriandares" da vida na maior altura, desencadeando uma gritaria desenfreada na igreja. Desculpe, não consigo enxergar isso como mover do Espírito, pois não traz edificação nenhuma. E a grande maioria acaba indo na onda do movimento, muitos apenas por constrangimento, pelo receio de serem tachados de "não espirituais". Já vi pastores ensinando pessoas a orar em línguas dizendo: "Repete glória, glória, glória várias vezes que você consegue". Imagine só? Um verdadeiro gargarejo gospel comunitário! E se um descrente entra numa reunião como essas? O que vai pensar? Paulo nos dá a resposta:"Assim, se toda a igreja se reunir e todos falarem em línguas, e entrarem alguns não instruídos ou descrentes não dirão que vocês estão loucos?". 1 Coríntios 14:23.

Outra situação delicada é o "confessai vossos pecados uns aos outros para serdes curados". Há uma simplicidade tão grande nessa orientação de Tiago... Compartilhe com um irmão de confiança seus pecados, suas mágoas, suas angústias e permita que ele ore com você. Isso traz cura para a alma! É como tirar a dor do peito com as próprias mãos! Digo por experiência própria. Mas os crentes teimam em achar que o versículo é simples demais para ser verdade, e então, cria-se todo um ritual em torno de uma situação que poderia ser tão simples. Os ministros sopram na cara do indivíduo, rodopiam, mandam repetir frases prontas, dançam... Aí a pessoa chora, grita, bota pra fora suas dores e sente o maior dos alívios (claro). Então, ao término da ministração, surgem as famosas frases: "Viu o mover de Deus? Ele se manifestou de forma tremenda aqui neste lugar!" Não, não estou dizendo que Deus não pode agir desta forma, mas batendo na tecla de que não há a necessidade do "reteté" para Deus agir. O Espírito Santo pode se manifestar numa conversa ao redor da mesa de jantar, num bate-papo com um irmão e através de uma oração simples e sincera. Ali, Ele pode me curar e tratar da mesma forma, só que de uma maneira muito mais simples, e pra mim, isso é tão tremendo quanto o "reteté"!

C. S. Lewis foi um homem que se entregou a Deus sem nenhuma emoção. Ele conta que apenas se curvou e disse: “Deus, eu reconheço que Tu és Deus!” — e pronto. Também não se diz nos evangelhos que os convertidos saíam chorando, arrepiados, sapateando ou dizendo terem visto anjos, mas apenas que haviam sido curados ou convencidos pela Palavra, simples assim! Sobrenatural é a transfomação que Deus pode fazer na vida de uma pessoa, levando-a da morte para a Vida! "Quando o “mover” significar ardor, paixão pela Palavra, amor pelas vidas, misericórdia, pregação fervorosa e muito desejo de servir a Deus e ao próximo, então estaremos no caminho certo. Aprendi a usar o seguinte critério: Tudo o que eu vejo nos evangelhos sendo praticado por Jesus, considero como modelo a ser seguido. O que eu não vejo nos evangelhos como prática de Jesus, eu tolero nos limites do bom senso. Bom senso é a palavra chave. Muitas vezes no auge e no anseio da experiência de algo novo e sobrenatural, a gente corre o risco de perder um pouco do equilíbrio e o bom senso".³

Infelizmente, a idolatria ao mover do Espírito está presente em nossas igrejas. Nas mesmas igrejas que condenam a idolatria aos santos. É hora de parar e pensar: Jesus não nos ensina que o amor é o maior de todos os dons? A maior de todas as manifestações? Sim, esse é o dom que você deve buscar e ansiar! A Bíblia é clara quando diz em 1 Coríntio 13 que se não houver amor, de nada valem as manifestações. Você pode orar em línguas, sapatear, profetizar, expulsar demônios, rodopiar, curar.... Se o amor pelas vidas não for a força motriz dessas ações, cada uma delas se dissolverá como fumaça diante dos olhos de Deus. Os dons do Espírito são concedidos à nós para edificação de vidas, apenas! "Visto que estão ansiosos por terem dons espirituais, procurem crescer naqueles que trazem a edificação para a igreja... Quando vocês se reúnem, cada um tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja." 1 Coríntios 14:12 e 26

É bom não esquecer que nem todos os milagres são de origem divina. Um poder sobrenatural pode ser satânico, apenas disfarçado de divino para criar uma ilusão. Estejamos atentos! "Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? ’Então eu lhes direi claramente: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal! ’" Mateus 7:22-23

O maior milagre já foi feito na Cruz, e a nossa maior busca deveria ser por testemunhar este milagre. O nosso maior investimento deveria ser em cumprir o "Ide" de Jesus, fazendo discípulos de todas as nações, afinal, não foi para isso que recebemos o Espírito Santo? "Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra". Atos 1:8. Jesus NÃO disse: "Busque o mover, corra atrás do sobrenatural de Deus", NÃO! Sua ordem foi: "Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos". Mt 28:19-20.

Fazer discípulos leva tempo, muitas vezes anos! Significa caminhar, conhecer, conviver, ensinar, exortar, amar, servir, se alegrar e chorar... É muito mais que uma reunião cheia de "unção". É uma caminhada longa, trabalhosa e nem sempre tão prazerosa, mas que deve ser feita em obediência a Cristo e amor às vidas. E se nessa caminhada surgirem manifestações sobrenaturais, amém! Mas a nossa busca incessante deve ser por intimidade com Deus através da caminhada diária e por vidas rendidas aos pés da Cruz, afinal, não foi para isso que fomos chamados?

"Eu lhes digo que, da mesma forma, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam arrepender-se". Lc 15:7


NOTAS
¹ Mt 22:37,39
²Hilgar (1979) e Lewis (1977)
³www.caiofabio.net

Dani é casada há 8 anos e têm dois filhos e é colaboradora do Genizah. Conheça o seu blog pessoal: Salve o meu casamento!


Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/#ixzz2RaIKDL9V
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sábado, 20 de abril de 2013

Religioso do candomblé parabeniza pastor que luta contra a intolerância



Em dezembro de 2012 os trabalhos do pastor batista foram reconhecidos pela presidente Dilma Rousseff.
por Leiliane Roberta Lopes

  • Religioso do candomblé parabeniza pastor que luta contra a intolerânciaReligioso do candomblé parabeniza pastor que luta contra a intolerância
    O pastor Djalma Torres, da Igreja Batista do Nazareth, em Salvador (BA), recebeu elogios de Jaime Sodré, seguidor do candomblé, que parabenizou a atuação do líder evangélico na luta contra a intolerância religiosa.
    O texto publicado no jornal A Tarde comenta sobre o evento organizado pelo pastor que reuniu representantes de diversas religiões na capital baiana. “Acolhidos, estávamos em casa, sem restrições ou olhares de intolerâncias”, escreveu Sodré.
    Para ele, o pastor se destaca por promover ações que lutam contra qualquer tipo de discriminação, tanto de ordem religiosa como de orientação sexual. “Na compreensão de que o Reino de Deus é maior do que as suas paredes, sejam físicas ou mentais’ destacamos a disposição do pastor Djalma Torres em dialogar, compreender e participar, como militante ativo, contra as manifestações que vinham de grupos religiosos que, numa demonstração de inadaptação de uma convivência interreligiosa, atacavam o Candomblé”, disse.
    Ao explicar o título do artigo, “Viva o pastor Djalma de Ogum!”, Jaime Sodré fala que o povo-de-santo tem grande admiração pelo líder evangélico. “O Pastor Djalma Torres, pela sua seriedade e apoio às nossas causas, tornou-se um irmão especial, e para retribuir este seu carinho e solidariedade, o povo-de-santo, reconhecendo a sua coragem, sinceridade, em um tom alegre, jocoso, mas respeitoso, desejando ter a honra de integrá-lo em nosso meio, resolveu chamá-lo de Pastor Djalma de Ogum”.
    O pastor é bastante conhecido por sua luta contra a intolerância, tanto que em dezembro de 2012 Djalma Torres recebeu o prêmio de Direitos Humanos entregue pela própria presidente Dilma Rousseff.

    quinta-feira, 18 de abril de 2013

    Vida inteligente (de crente) na madrugada




    Rubinho Pirola  para o Genizah


    Nada forçado, apesar do entrevistado ser um artista, músico, e... crente.

    Assim vi a entrevista do ex-Paquito Alexandre Canhoni, ou Xand, no programa Agora é Tarde do comediante Danilo Gentili na Band.

    O que podia ser mais do mesmo, aquela do ex-artista fracassado que se converte e nem bem esquentou já está desfiando uma pregação repleta de chavões e frases-feitas.

    Não que seja tarefa fácil tapar a boca de um novo convertido, cheio de gás, de paixão por Cristo... mas infelizmente não é disso que estou falando. Geralmente, alguém assim, desfaz qualquer má impressão por um testemunho convincente. A paixão não é algo bem comportado e com modos.

    Infelizmente, temos visto mais do primeiro exemplo.

    O que temos assistido nas nossas TVs é uma teologia de buteco, pregações rasas e geralmente imbecís, e pregadores sem modos (entendamos: sem educação, que não ouve, não respeita o outro), presunçosos e de uma vaidade que beira ao ridículo.

    Fui premiado ontem ficando até tarde.

    O assunto principal foi a solidariedade (do ax-artista que largou tudo, vive com a esposa no Níger, segundo país mais pobre do planeta, com 15 filhos adotivos e mais de um milhar de abrigados no seu projeto humanitário)...

    A fonte desse trabalho, o que o motivou a fazer o que faz e a sua conversão dos valores e princípios, vieram puxados pelo microfone do entrevistador, abertamente – e sinceramente – interessado nas obras que sinalizavam algo maior. A raiz estava na fé do entrevistado, fruto do seu encontro com Jesus.

    Nada mal para quem já começa a acreditar na estúpida mania de perseguição – quase esquizofrênica dos crentes de hoje. Só têm sido atacados e perseguidos os que teimam em parecerem-se, em apresentarem-se idiotas (não estou sendo juiz, só digo que aparentam ser, rsrsrsrs).

    Com esse tipo – idiota – de pregação, de testemunho, ou o que queiramos chamar no alto do nosso exercício do “evangeliquês” – temos mais é que levar pau. E sermos perseguidos.

    E que saudade do tempo em que éramos perseguidos pelo nome de Cristo...
    Quem desejar conhecer o trabalho, deve acessar: http://guerreirosdedeus.com.br/






    quarta-feira, 10 de abril de 2013

    Portas fechadas. OAB dá o troco a Marco Feliciano?



    Avatar de Paulo TeixeiraPor Paulo Teixeira em 9 de abril de 2013
    Portas fechadas. OAB dá o troco a Marco Feliciano?

    Deputado Feliciano foi relator de Projeto de Lei que mexe com interesse da OAB
    Advogado cristão foi aprovado no Exame da OAB, mas em votação a portas fechadas na OAB/RJ decidiu-se pela não entrega de sua  Carteira
    Mas … a OAB criticou a determinação de Marco Feliciano em fechar as portas da CDH
    Entenda essa questões abaixo …
    Duas semanas depois de o deputado Marco Feliciano, relator do PL 2154, que prevê o fim o Exame da OAB,  ir para a TV defender a tese que sustentou em seu relatório pelo fim do referido Exame, iniciou-se grande campanha antidemocrática e violenta para que o deputado fosse deposto da CDHM. Coincidência? Não sei.
    Contudo, a OAB mostrou sua face sobre o Caso Feliciano.
    Ontem (08/abr) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) aprovou, por unanimidade, em Brasília, uma moção pela abertura das portas das sessões das comissões da Câmara dos Deputados, inclusive as da Comissão de Direitos Humanos, as quais foram fechadas, após decisão anunciada por seu presidente, deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP). Decisão tomada para evitar bagunças e baixarias promovidas por alguns ativistas, o que estavam impedindo o bom andamento dos trabalhos daquela importante Comissão.
    Uma decisão louvável? Bem se atentarmos para alguns pontos recentes relacionados à OAB, veremos que há controvérsias.
    A sociedade brasileira, por exemplo,  vem clamando, há tempos, por maior transparência dos atos do Legislativo, inclusive pelo fim do voto secreto, e a OAB nunca emitiu moção a esse respeito, mas em relação a Feliciano eles foram bem ágeis. Que eficiência, não acham?
    Aliás, para quem não sabe, a eleição para presidir o CFOAB é indireta. Assim foi eleito o atual presidente da instituição. Mas, ao que parece, essa política de dois pesos e duas medidas utilizada pela OAB parece ser algo natural para a instituição que sequer enxerga as aberrações praticadas por si mesmo, conforme citações mais abaixo, em relação ao doutor Rubens Teixeira, mas quer apontar para as outras instituições, ensinando-as as melhores práticas éticas e corretas, mesmo que não sejam as que pratica. É um sentimento nutrido nas ações de ditaduras em que muitas vezes o que se cobra não é o que se faz.
    Merece destaque que o relator do PL 2154 que trata do fim do Exame da OAB é exatamente o deputado Marco Feliciano que deu parecer favorável ao fim desse exame, ferindo gravemente os interesses da OAB. Por esta e por outras razões as palavras da instituição não merecem ser tão valorizadas a respeito do deputado porque soam como revanchismo, atitude tão combatida pelos antepassados da instituição. É bem verdade que a Ordem dos Advogados do Brasil não tem  essa  legitimidade que avoca para si para falar em nome da sociedade brasileira.
    Sua missão constitucional restringe-se apenas no que estabelece o artigo 103 da Carta Magna, que é propor Ação Direta de Inconstitucionalidade e Ação Declaratória de Constitucionalidade. Por outro lado tem outros deveres relacionados à fiscalização da profissão de advogado, que também é acusada de se exceder ao limitar o ingresso de profissionais no mercado. Só isto e nada mais.
    Pois bem, algo chamou-me a atenção em relação à matéria intitulada “OAB aprova moção por sessões abertas da Comissão de Direitos Humanos“, postada no site da Ordem.
    Foram as palavras do presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, o conselheiro federal pelo Rio de Janeiro, advogado Wadih Damous. Segundo o site, o advogado entende que “as reuniões fechadas são um retorno ao período do obscurantismo”. “Esta Casa não deve ficar silente a essa agressão à ordem jurídica nacional. Como impedir as pessoas de acompanhar os debates nas comissões?”, questionou Wadih Damous.
    Então vamos a fatos ocorridos em tempos não muito distantes, em relação ao advogado Wadih Damous …
    Ao ler a matéria no site da OAB, entrei em contato com meu irao, o pastor e doutor Rubens Teixeira (que também é colunista deste prestimoso site) e, de imediato, ele citou-me o que abaixo transcrevo:
    “Após ser aprovado no Exame da OAB, em processo em que uma das Câmaras votou pela concessão da minha carteira de advogado, o então presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, impetrou um recurso ao Plenário para que eu não tivesse esta carteira. A alegação dele é que eu não poderia ter carteira de advogado porque era servidor de carreira do Banco Central do Brasil. Ressalte-se que abri mão de convites para ocupar cargo de confiança na instituição porque sabia que ao ocupar este cargo poderia dificultar a obtenção da carteira.
    É bom ficar evidenciado que os servidores públicos podem ter carteira de advogado, segundo o próprio Estatuto da OAB, mas não podem advogar contra a Fazenda que o remunera. Tanto é fato que vários servidores do Banco Central do Brasil, do mesmo cargo (analista)  formados antes e depois de mim, de várias partes do Brasil, possuem a carteira concedida pela Ordem. Lamentavelmente, em ato arbitrário, foi-me negado tal carteira, em um processo recheado de obscurantismo”.
    Julgamento a portas fechadas
    O doutor Rubens Teixeira passou-me alguns detalhes ocorridos no julgamento (o número do processo é 2247/2006, para quem quiser conferir), os quais passo a relatar:
    1) no primeiro julgamento a OAB-RJ julgou o pleito feito por seu então presidente com apenas 11 membros em plenário, dos 80 existentes, quando boa parte já tinha ido embora. O quórum mínimo deveria ser de 27 (um terço do total de conselheiros).  OBSCURANTISMO: O relator do processo deu voto favorável a Rubens Teixeira, contrariando Wadih Damous,  mas o então presidente Damous só pautou para julgamento em plenário dois anos e seis meses depois das contrarrazões de Rubens Teixeira e, na sessão de julgamento, estranhamente, estava esvaziada com apenas 11 conselheiros que votaram maciçamente contra a concessão da carteira a Rubens.
    2) Depois dessa aberração, Rubens Teixeira pediu outro julgamento dada as aberrações do primeiro. No segundo julgamento, como previsto, deram a palavra ao advogado que o defendia, mas, logo no início do julgamento, quando Rubens vencia na votação, um conselheiro pediu vistas. Foi marcada uma segunda sessão de julgamento. Nesta sessão, com vários conselheiros não presentes no primeiro julgamento, Wadth Damous, contrariando a convocação, não deu a palavra ao seu advogado e, ainda, segundo Rubens Teixeira, mandou para fora, alguns advogados que acompanhavam o julgamento que lá estavam para presenciarem o julgamento. OBSCURANTISMO: Embora não tivesse manifestantes, como na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, e os poucos advogados que acompanhavam Rubens e foram colocados para fora eram ordeiros, o julgamento dado por Wadth Damous a Rubens Teixeira foi a portas fechadas, sem defesa em plenário do seu advogado. Violação mortal dos direitos humanos, violação do princípio basilar do contraditório, ampla defesa e do livre exercício da profissão.
    Rubens Teixeira informou-me, ainda, que ouviu sorrisos e sussuros advindos do interior da sala de julgamento. Afirma que sentiu-se bastante humilhado e tremendamente violentado em seus direitos humanos.
    “Meu sentimento é que fui julgado, execrado e condenado a não ter a carteira da OAB por minhas opiniões, dentro do plenário da OAB-RJ, em seção presidida pelo Wadih Damous,  então presidente da Casa, para julgar o próprio recurso que ele impetrou para que a OAB não me desse a carteira. Dois julgamentos de fazer vergonha ao regime constitucionalista de  Hitter. Na verdade, a atitude dele não me surpreendeu tanto pois eles fazem pior com o bacharéis ao exigirem a realização do Exame da OAB em um padrão que eles mesmos não passariam. Uma prova que, se fosse necessária, deveria ser periódica, para garantir a atualização dos profissionais, pois as leis, a doutrina e a jurisprudência mudam a todo instante, e também com habilitação por área. Neste caso, a  carteira deveria ter validade no máximo por 5 anos. A OAB tem um bom nome, ainda, por conta dos grandes nomes que compuseram seus quadros no passado. A continuar estas contínuas violações de direitos fundamentais que se procedem tão comumente à luz do dia, em breve podem estar destruindo o que se construiu no passado. Lamentavelmente. Sei que pago esse preço cobrado pela OAB pelas minhas opiniões, mas eu preferiria que eles, ainda que esquecessem meu caso e deixassem para a história julgá-los, que olhassem para milhares de bacharéis desempregados, humilhados, passando necessidade, doentes e até morrendo, tudo com a colaboração deste aparato de cerceamento de ingresso de novos profissionais no mercado baseado na lógica egoísta “se a farinha é pouca, meu pirão primeiro”. Competência se mostra no mercado. Se nota fosse relevante, tem de se elaborar uma lei que obrigue os profissionais colocarem suas notas nas carteiras profissionais e de conselhos de classe e nos diplomas. Infelizmente, a OAB não tem condições de falar de Direitos Humanos pois está sub judice com relação aos bacharéis que desemprega, violando o direito fundamental ao trabalho, mas disso eles não falam pois atacam seus interesses, daí escondem-se atrás da causa de cidadãos homossexuais. Ainda falam do Exército, instituição que tive a honra de compor por mais de 10 anos seguindo a carreira até o posto de capitão. Lá cheguei paupérrimo e saí de lá com 10 anos de cursos acadêmicos e jamais fui discriminado. No Exército fui respeitado e vi democracia, na OAB, vi o que narrei acima. Quando o país vivia recessão na economia havia poucos empregos para engenheiros, mas o CREA não restringia a entrada de profissionais no mercado. O CREA pode falar de democracia que eu respeito. A OAB alega que tem profissionais demais no mercado porque desconhece os bolsões de pobreza com direitos humanos violados a cada segundo. Esse cerceamento da entrada de novos advogados no mercado mata de fome os profissionais impedidos de trabalhar e submete à injustiça milhares de brasileiros que poderiam ser defendidos por eles. Perguntea às pessoas pobres se elas não conhecem alguém formado em Direito que não pode advogar para elas por falta de carteira da OAB. Faz-se vistas grossas a esse respeito porque são interesses OBSCUROS que sustentam esta tese. É cobrar democracia na casa dos outros, desde que garanta o direito de se fazer o que se quer com quem quer que seja: uma vergonha que a história vai condenar”, disse-me Rubens.
    Ressalto que o deputado Marco Feliciano foi quem deu parecer pelo fim do Exame da OAB. Na ocasião, vários deputados basearam sua opinião em uma carta de 40 páginas que o Dr Rubens Teixeira elaborou explicando porque o Exame da OAB deveria ser extinto. O resumo desta carta, em inglês, foi enviado para várias partes do mundo. A OAB quer falar sobre as ações do deputado Marco Feliciano, mas responder sobre os questionamentos colocados em 40 páginas sobre o obscuro Exame da OAB, caro, inadequado, ela se silencia. Enquanto isso, muita gente passa necessidade e é humilhada. Veja as palavras do Dr. Rubens Teixeira em Audiência Pública na Câmara e que a OAB não respondeu até hoje: http://www.youtube.com/watch?v=YSjQgv8-B50
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    Paulo Teixeira é carioca, cristão evangélico da igreja Assembleia de Deus e atua na internet como blogueiro e articulista, desde 2007, focando assuntos sociais, políticos e religiosos, analisando-os sob a ótica cristã. Licenciado em matemática pela Universidade Castelo Branco (UCB/RJ) e graduando em história pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Perfil no Twitter: @PauloTeixeiraRJ

    segunda-feira, 8 de abril de 2013

    "NÃO TOQUE NO UNGIDO DO SENHOR" debate teológico: Rev. Augustus Nicodemus X Cantora Damares





    Augustus Nicodemus Lopes



    Há várias passagens na Bíblia onde aparecem expressões iguais ou semelhantes a estas do título desta postagem:

    A ninguém permitiu que os oprimisse; antes, por amor deles, repreendeu a reis, dizendo: Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas (1Cr 16:21-22; cf. Sl 105:15).

    Todavia, a passagem mais conhecida é aquela em que Davi, sendo pressionado pelos seus homens para aproveitar a oportunidade de matar Saul na caverna, respondeu: "O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele [Saul], pois é o ungido do Senhor" (1Sm 24:6).

    Noutra ocasião, Davi impediu com o mesmo argumento que Abisai, seu homem de confiança, matasse Saul, que dormia tranquilamente ao relento: "Não o mates, pois quem haverá que estenda a mão contra o ungido do Senhor e fique inocente?" (1Sm 26:9).
    Davi de tal forma respeitava Saul, como ungido do Senhor, que não perdoou o homem que o matou: “Como não temeste estender a mão para matares o ungido do Senhor?” (2Sm 1:14).

    Esta relutância de Davi em matar Saul por ser ele o ungido do Senhor tem sido interpretado por muitos evangélicos como um princípio bíblico referente aos pastores e líderes a ser observado em nossos dias, nas igrejas cristãs. Para eles, uma vez que os pastores, bispos e apóstolos são os ungidos do Senhor, não se pode levantar a mão contra eles, isto é, não se pode acusa-los, contraditá-los, questioná-los, criticá-los e muito menos mover-se qualquer ação contrária a eles. A unção do Senhor funcionaria como uma espécie de proteção e imunidade dada por Deus aos seus ungidos. Ir contra eles seria ir contra o próprio Deus.

    Mas, será que é isto mesmo que a Bíblia ensina?

    A expressão “ungido do Senhor” usada na Bíblia em referência aos reis de Israel se deve ao fato de que os mesmos eram oficialmente escolhidos e designados por Deus para ocupar o cargo mediante a unção feita por um juiz ou profeta. Na ocasião, era derramado óleo sobre sua cabeça para separá-lo para o cargo. Foi o que Samuel fez com Saul (1Sam 10:1) e depois com Davi (1Sam 16:13).

    A razão pela qual Davi não queria matar Saul era porque reconhecia que ele, mesmo de forma indigna, ocupava um cargo designado por Deus. Davi não queria ser culpado de matar aquele que havia recebido a unção real.

    Mas, o que não se pode ignorar é que este respeito pela vida do rei não impediu Davi de confrontar Saul e acusá-lo de injustiça e perversidade em persegui-lo sem causa (1Sam 24:15). Davi não iria matá-lo, mas invocou a Deus como juiz contra Saul, diante de todo o exército de Israel, e pediu abertamente a Deus que castigasse Saul, vingando a ele, Davi (1Sam 24:12). Davi também dizia a seus aliados que a hora de Saul estava por chegar, quando o próprio Deus haveria de matá-lo por seus pecados (1Sam 26:9-10).

    O Salmo 18 é atribuído a Davi, que o teria composto “no dia em que o Senhor o livrou de todos os seus inimigos e das mãos de Saul”. Não podemos ter plena certeza da veracidade deste cabeçalho, mas existe a grande possibilidade de que reflita o exato momento histórico em que foi composto. Sendo assim, o que vemos é Davi compondo um salmo de gratidão a Deus por tê-lo livrado do “homem violento” (Sl 18:48), por ter tomado vingança dos que o perseguiam (Sl 18:47).

    Em resumo, Davi não queria ser aquele que haveria de matar o ímpio rei Saul pelo fato do mesmo ter sido ungido com óleo pelo profeta Samuel para ser rei de Israel. Isto, todavia, não impediu Davi de enfrentá-lo, confrontá-lo, invocar o juízo e a vingança de Deus contra ele, e entregá-lo nas mãos do Senhor para que ao seu tempo o castigasse devidamente por seus pecados.

    O que não entendo é como, então, alguém pode tomar a história de Davi se recusando a matar Saul, por ser o ungido do Senhor, como base para este estranho conceito de que não se pode questionar, confrontar, contraditar, discordar e mesmo enfrentar com firmeza pessoas que ocupam posição de autoridade nas igrejas quando os mesmos se tornam repreensíveis na doutrina e na prática.

    Não há dúvida que nossos líderes espirituais merecem todo nosso respeito e confiança, e que devemos acatar a autoridade deles – enquanto, é claro, eles estiverem submissos à Palavra de Deus, pregando a verdade e andando de maneira digna, honesta e verdadeira. Quando se tornam repreensíveis, devem ser corrigidos e admoestados. Paulo orienta Timóteo da seguinte maneira, no caso de presbíteros (bispos/pastores) que errarem:

    "Não aceites denúncia contra presbítero, senão exclusivamente sob o depoimento de duas ou três testemunhas. Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os demais temam" (1Tim 5:19-20).

    Os “que vivem no pecado”, pelo contexto, é uma referência aos presbíteros mencionados no versículo anterior. Os mesmos devem ser repreendidos publicamente.

    Mas, o que impressiona mesmo é a seguinte constatação. Nunca os apóstolos de Jesus Cristo apelaram para a “imunidade da unção” quando foram acusados, perseguidos e vilipendiados pelos próprios crentes. O melhor exemplo é o do próprio apóstolo Paulo, ungido por Deus para ser apóstolo dos gentios. Quantos sofrimentos ele não passou às mãos dos crentes da igreja de Corinto, seus próprios filhos na fé! Reproduzo apenas uma passagem de sua primeira carta a eles, onde ele revela toda a ironia, veneno, maldade e sarcasmo com que os coríntios o tratavam:

    "Já estais fartos, já estais ricos; chegastes a reinar sem nós; sim, tomara reinásseis para que também nós viéssemos a reinar convosco.

    Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens.

    Nós somos loucos por causa de Cristo, e vós, sábios em Cristo; nós, fracos, e vós, fortes; vós, nobres, e nós, desprezíveis.

    Até à presente hora, sofremos fome, e sede, e nudez; e somos esbofeteados, e não temos morada certa, e nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, procuramos conciliação; até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos.
    Não vos escrevo estas coisas para vos envergonhar; pelo contrário, para vos admoestar como a filhos meus amados. Porque, ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; pois eu, pelo evangelho, vos gerei em Cristo Jesus. Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores" (1Cor 4:8-17).

    Por que é que eu não encontro nesta queixa de Paulo a repreensão, “como vocês ousam se levantar contra o ungido do Senhor?” Homens de Deus, os verdadeiros ungidos por Ele para o trabalho pastoral, não respondem às discordâncias, críticas e questionamentos calando a boca das ovelhas com “não me toque que sou ungido do Senhor,” mas com trabalho, argumentos, verdade e sinceridade.

    “Não toque no ungido do Senhor” é apelação de quem não tem nem argumento e nem exemplo para dar como resposta.

    Publicado no perfil do Facebook do autor AQUI


    A cantora / teóloga do sapato de fogo pentescotal Damares discorda do Chanceler do Mackenzie e apresenta refutação:










    quarta-feira, 3 de abril de 2013

    Notícias acerca dos missionários brasileiros detidos no Senegal





    HÁ CINCO MESES DETIDOS EM PENITENCIÁRIA NO SENEGAL, BRASILEIROS RELATAM OS SOFRIMENTOS QUE TÊM ENFRENTADO

    Acusados de desvio de menor, missionários continuam presos em condições precárias, após dois pedidos de habeas corpus terem sido negados pela justiça do país




    Antônio C.Costa

    Dakar, Senegal



    Os missionários brasileiros José Dilson Alves da Silva (45) e Zeneide Moreira Novais (53) permanecem detidos na Maison d’Arrêt et Correction de Thiès (Casa de Detenção e Correção de Thiès), para onde foram enviados no dia 6 de novembro de 2012, após terem sido detidos pela polícia da cidade de Mbour, situada a 60 km de Dakar, capital do país.

    Ambos foram acusados inicialmente de "association de malfeiteurs" (formação de quadrilha), "traite de mineur" (exploração de menor) e "detournement de mineur" (desvio de menor), após denúncia encaminhada à delegacia de Mbour pelo pai de um dos 17 menores retirados das ruas de Dakar pelo missionário José Dilson, que os levou para o Projeto Obadias, abrigo para meninos de rua que oferece alimentação, consulta médica, roupa, atividade esportiva, entre outros cuidados mais. O motivo da queixa do pai, segundo informações da polícia local, seria o envolvimento do filho com o cristianismo e consequente recusa de participar dos rituais religiosos do islamismo, que é professado por 95% da população do Senegal.

    Policiais da cidade, após a denúncia, se dirigiram ao abrigo, onde encontraram a missionária Zeneide, que foi encaminhada imediatamente à delegacia. José Dilson se apresentou no mesmo dia, sendo avisado pela polícia local de que deveria voltar no dia seguinte ao posto policial.

    Ao se apresentarem, sem a presença de advogado, os brasileiros afirmam ter sofrido pressão para assinar documento cujo conteúdo não puderam conhecer. A denúncia chegou às mãos de um procurador no Tribunal Regional de Thiès, que o encaminhou ao juiz de instrução da cidade, que decretou a detenção de ambos.



    Tormentos na casa de detenção

    Na prisão, José Dilson e Zeneide, em depoimento ao Rio de Paz, afirmam ter se deparado com condição desumana de encarceramento, na verdade, cenário típico de um presídio brasileiro. Celas superlotadas, ratos e baratas, calor, falta de ventilação, mau cheiro, roupas e bagagens penduradas em todas as paredes. “Quando cheguei na cela, olhei e disse para mim mesma, mas onde vou ficar aqui? Não há espaço para mim. Logo me apresentaram um lugarzinho onde pude estender meu pequeno colchão", declarou Zeneide.

    José Dilson vive o mesmo drama: “Eu passo todos os dias, das 17h às 9h, numa cela de quarenta metros quadrados, que abriga média de 45 presos. Durmo de lado com o rosto colado no rosto do companheiro de cela. Quando a posição me cansa, viro para o lado do pé. Somos forçados a viver tão próximos fisicamente uns dos outros, que muitas vezes é impossível dormir. Outro dia, um teve diarreia. Ele se levantou e passou entre nós sujando de fezes o meu colchão”. Os ratos, afirma José Dilson, são um grande tormento: “Esta noite acordei com um rato morto debaixo do meu colchonete. Às vezes sinto eles andando nas minhas pernas, e com eles tenho que dividir a comida. Frutas, biscoitos e o que tenho que guardar para os momentos entre as refeições. Eu me alimento do que eles já roeram”.

    Tudo isso ele diz se refletir na sua vida psicológica: “Não há um dia em que não chore. Já perdi uma obturação e quebrei dois dentes por passar a noite rangendo. Só consigo me recompor após orar”. A situação só não é mais grave por causa do esforço incansável da esposa, da dedicação dos médicos, da atuação da Embaixada Brasileira, do apoio de agencias missionárias através dos seus representantes e da incrível resistência do brasileiro nascido na Bahia.

    A condução do processo legal

    José Dilson lamenta ter sido pego de surpresa. Conta que contrataram às pressas dois advogados da localidade de Thiès. Uma semana após, porém, um outro advogado indicado pela Embaixada do Brasil teve que ser contratado. A família até hoje não entende a razão pela qual demoraram a entrar com pedido de liberdade provisória, apresentado apenas no começo de dezembro e negado pelo Tribunal de Justiça.

    No dia 18 de janeiro houve a primeira audiência. Ao ser perguntado pelo Rio de Paz se havia sido instruído pelos advogados, José Dilson conta não ter recebido nenhuma orientação, lançando-se à tarefa de -pela primeira vez na vida se apresentar perante um tribunal de justiça-, durante três horas e meia, num outro país, numa outra cultura e sob o peso de acusações gravíssimas. O juiz de instrução decide visitar o projeto social brasileiro nesse mesmo dia. Ao chegar lá, no dia 31 de janeiro, trata de conhecer minuciosamente as espaçosas instalações e entrevistar individualmente os 15 meninos de rua que ali encontravam-se abrigados.

    Essa visita e a audiência que se seguiu a ela dias depois poderiam ter sido providenciais para a soltura dos brasileiros por dois motivos: primeiro, nenhuma das crianças acusou os missionários de maus tratos, trabalho escravo, tráfico de menor. Nenhuma contradição nos depoimentos. Em suma, os meninos, aterrorizados pelo medo de voltar às ruas, em cujas mãos os destinos do José Dilson e da Zeneide estavam, foram o seu melhor advogado de defesa. O segundo motivo impressiona por aparentemente não ter servido em nada para tirar a vidas dos missionários do suplício da prisão, apesar da presença de elemento atenuante que salta aos olhos.

    Àquela altura os brasileiros estavam sendo acusados de desvio de menor, em razão de não terem legalizado o trabalho de acolhimento de crianças de rua, não dispondo, sendo assim, da guarda provisória dos meninos que foram encontrados pelo José Dilson mendigando em Dakar, sujeitos aos mais diferentes tipos de abusos e cooptados por gangs de ladrões. A audiência, contudo, tinha sido determinada pelo juiz a fim de que houvesse uma acareação entre José Dilson e um suposto advogado a quem o brasileiro havia contratado e efetuado pagamento adiantado em maio de 2012 para legalizar o projeto social.

    O homem confessa que não era advogado e que, portanto, era o principal responsável pela não legalização do abrigo de menores. O juiz indaga se José Dilson queria processá-lo, o que teria sido ótimo para o seu processo, ao que ele responde: “Eu não desejo para ninguém parar no lugar em que me encontro, onde tenho sido submetido a sofrimento incalculável. Não quero para ele o que não quero para mim . Aprendi com Cristo a perdoar. Eu o perdoo”.

    Dias depois o juiz decide ouvir também o pai de um menino senegalês, que havia pedido ao José Dilson para acolhê-lo no abrigo, uma vez que afirmava não ter a mínima condição de prover para ele alimentação e educação. Caso emblemático da condição social dos meninos de rua de Dakar.

    Com o sonho da liberdade provisória adiado, uma carta é redigida pelos brasileiros detidos, que é encaminhada à ministra da Justiça do Senegal. Outro pedido de habeas corpus é feito, mas o procurador e o juiz de instrução o negam, declarando que ambos poderiam fugir do país e que o centro social continuava em situação irregular.

    A justiça do Senegal, contudo, não fechou o centro social, uma vez que ninguém sabe o que fazer com os meninos pobres. Brasileiros afirmam estar encontrando grande dificuldade para obter a guarda provisória das crianças, muitas das quais vindas de outros países africanos, e que passaram a mendigar nas ruas de Dakar através do tráfico de menores. O abrigo continua sendo dirigido por brasileiros, que tecnicamente falando poderiam ser presos a qualquer momento, mas que preferem pagar o preço da insegurança a remeter os meninos pobres para o estado de invisibilidade social em que viviam em Dakar.

    No dia seis de março, os advogados fizeram um apelo ao Tribunal de Recursos de Dakar, solicitando novamente a soltura dos missionários. Esses próximos dias podem determinar o destino desses brasileiros presos há quase cinco meses, uma vez que o tribunal tem trinta dias, a partir da data do pedido de habeas corpus, para se pronunciar. Caso o pedido não seja aceito, ninguém sabe quando os brasileiros serão julgados, podendo permanecer na prisão por longo tempo.

    Um detalhe chama a atenção nessa história: até hoje ninguém tem prova documental das acusações. Nem as famílias do José Dilson e da Zeneide, nem as agências missionárias às quais pertencem, nem a Embaixada do Brasil.

    O Rio de Paz e o seu envolvimento com o caso

    O Rio de Paz é uma organização não governamental de defesa dos direitos humanos, filiada ao DPI da ONU, que luta pela redução de homicídio no Brasil, a começar pelo Rio de Janeiro, cidade onde nasceu o movimento em 2007. Em razão da sua atividade em questões humanitárias, foi procurada no mês de março pela Igreja Presbiteriana Betânia, cuja sede é em Niterói, que pertence à Igreja Presbiteriana do Brasil, fundada no século 19 na cidade do Rio de Janeiro. Ao passar a conhecer o caso e certa da sua justeza, tomou as seguintes decisões:

    1- Apelar ao Governo Federal do Brasil e ao Ministério das Relações Exteriores a fim de que intensifiquem perante o governo do Senegal -em absoluto respeito à soberania do país africano com o qual o Brasil mantêm relações bastante cordiais-, o pedido de libertação dos missionários brasileiros. Em razão disso, lançou ainda em março, uma petição na internet, pedindo a soltura do José Dilson e da Zeneide. Até o dia 31 de março já alcançamos mais de 50 mil assinaturas.

    2- Viajar ao Senegal a fim de conhecer de perto o drama vivido pelos brasileiros detidos em Thiès. Após cinco dias de muitas entrevistas, inclusive visita aos brasileiros na prisão, o Rio de Paz chegou a conclusões que merecem destaque. Ressaltamos que, devido às circunstâncias, não poderemos falar de tudo o que pode ser falado sobre história que, certamente, servirá um dia para roteiro de filme.

    1- Houve inegável transgressão de importante lei do Senegal por parte da instituição brasileira que atua no país. O Projeto Obadias, infelizmente, ainda não está legalizado no Senegal.

    2- Há incontáveis fatores atenuantes que precisam ser considerados por todos, numa história em que a lei pode ser usada para punir e acabar possivelmente com a vida de pessoas cujo caráter está acima de toda dúvida.

    José Dilson deixou o Brasil há 23 anos, em busca do sonho de fazer o bem pelo povo africano, do qual tanto se compadecia em razão dos seus conhecidos problemas sociais. Após muita lágrima, saudade do seu país, incertezas, dirige-se com sua esposa Marli para o continente africano onde seus três filhos nascem. Todos falam francês, inglês e estavam começando a aprender o dialeto wolof. Decide morar num dos países mais pobres do mundo, Guiné Bissau. Ali ele deixa uma escola que já atendeu milhares de alunos e que hoje tem 700 matriculados, além dos centros nutricionais que atendem a número incontável de crianças com desnutrição e mulheres grávidas.

    Há oito anos fixou residência no Senegal, onde deu início à Escola ABC, que conta hoje com 200 alunos matriculados. Crianças do ensino elementar recebem alimentação diariamente, estudando de tempo integral de 8h às 15h. Numa escolinha de futebol, ensina o esporte favorito de senegaleses e brasileiros para 120 meninos. Por fim, toma a decisão que lhe custou a liberdade e o marcará para sempre: cria o Projeto Obadias, que visa contribuir para o desenvolvimento humano e social de crianças de rua de Dakar.

    José Dilson deixou-se trair pelo coração, que o fez correr todos os riscos, levando-o a decidir pela permanência de crianças em situação de risco no orfanato-escola em Mbour. Julgou que seria mal menor do que lançá-las novamente nas ruas de Dakar onde eram exploradas.

    O Rio de Paz visitou o Projeto Obadias. Imensa área no meio de uma espécie de deserto, que foi transformada num pomar, que faz flores, frutos e vidas humanas desabrochar. Não há como não ficar atônito com a relevância social do abrigo, sua grandeza e dificuldades de implementação. Sonho que poucos têm coração para sonhar, especialmente, quando o custo pessoal é alto.

    Seus projetos sociais na África têm sido feitos de acordo com a legislação dos dois países onde pode trabalhar, mesmo no Senegal, com a exceção do de abrigar meninos de rua. Mas não foi por falta de empenho. Contratou um suposto advogado, a quem pagou adiantado, que o traiu, o remeteu para os dias mais angustiantes de sua vida, a cujo logro respondeu com perdão suicida do ponto de vista jurídico. O juiz de instrução e o procurador de Thiès conhecem a história de primeira mão.

    Dirigiu-se para uma delegacia, onde sentiu-se constrangido a assinar juntamente com a sua assistente o que não sabiam. É remetido para prisão insalubre, onde padece enormente, com reflexos na sua saúde. Seu nível de glicose tem estado altíssimo. Todo esse drama é atenuado pelo bom tratamento da administração penitenciária, que pouco pode fazer, uma vez que está lidando com problemas estruturais que transcendem o que poderiam oferecer de bom para os detentos.

    É chamado perante o juiz de instrução sem ter recebido a mínima orientação por parte dos seus advogados quanto à forma de se conduzir na audiência. Tem pedido de habeas corpus negado, sendo réu primário, tendo excelente comportamento na prisão, na qual ele hoje é unanimidade pela forma bondosa mediante à qual tem respondido ao sofrimento que tem passado. Um coisa é fazer o bem, outra é fazê-lo na mais alta prova, quando a natureza humana se levanta para exigir os seus direitos, o corpo sucumbe à dor, e o coração sangra perante às incertezas da vida.

    José Dilson e Zeneide tiveram seu nome lançado na lama. Correu o mundo a notícia de que eles foram acusados de tráfico de criança, maus tratos, formação de quadrilha, ameaça à ordem pública. Como recolher essas palavras que foram lançadas ao vento? Sua mulher testemunha passar por angústias, incertezas, perplexidades e tormentos indizíveis. O que falar dos três filhos, um jovem, uma adolescente e uma criança?




    3- O estado precário da prisão pode levá-los à morte.

    Ouvimos José Dilson e Zeneide na prisão. Conversamos com seus médicos, voluntários brasileiros que fazem trabalho social em Dakar. A condição de saúde do José Dilson é precária. Além das dificuldades supramencionadas de encarceramento, José Dilson apresenta taxa de diabete alta o suficiente para o matar aos poucos. Para não mencionar o estado psicológico. Zeneide fala de outras tantas dificuldades que tem enfrentado. Ninguém pode saber se eles conseguirão resistir.

    4- O Governo Federal e o Ministério das Relações Exteriores têm o dever de buscar o diálogo com as autoridades públicas senegalesas, uma vez que, além dos motivos humanitários envolvidos na questão, milhares de brasileiros serão atingidos na alma caso os missionários sejam condenados.

    Essa história atinge a alma do brasileiro. Em especial, o evangélico, que tem na figura do missionário que trabalha em países pobres a encarnação do ideal de vida do cristianismo. Hoje o protestantismo é fenômeno social no Brasil. Estatística do IBGE aponta para um universo de 45 milhões de pessoas. Número imenso de homens e mulheres para os quais essa causa é muito cara.

    O Governo Federal Brasileiro deve envidar todo esforço possível visando interceder perante o governo do Senegal pela vida desses cidadãos de bem. Essa causa é capaz de unir os mais diferentes setores da sociedade brasileira, que jamais entenderá qualquer falta de empenho por parte das autoridades públicas do país neste caso. O Brasil que deu guarida para Cesare Batistti, condenado à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de quatro pessoas em 1970 -e que teve o pedido de extradição negado como último ato do presidente Lula no cargo-, tem o dever de defender a vida de quem lutava para ver crianças pobres passarem a viver com dignidade.

    5. Brasil e Senegal: países parceiros

    A Embaixada Brasileira em Dakar falou para o Rio de Paz sobre o bom momento da relação entre Brasil e Senegal. Soubemos de parcerias que serão feitas que afetarão positivamente a vida de milhares de pessoas em ambos os países. Nós brasileiros reconhecemos a presença do DNA senegalês no sangue de milhares de compatriotas. O débito é imenso. Jamais poderemos mensurar o quanto o povo africano fez pelas américas e a incalculável contribuição cultural; presente na música, no esporte, na política, na literatura. Esperamos que uma solução seja encontrada a partir de laços tão profundos que nos unem.

    Esta semana é crucial. Um apelo foi feito ao Tribunal de Recursos de Dakar. Não sabemos qual será a reação do José Dilson e da Zeneide caso o pedido de habeas corpus seja negado. Eles são alimentados todos os dias pela esperança da libertação. O que representará para eles a informação de que terão que continuar naquela prisão, sem perspectiva de ter seu caso resolvido e ainda correndo o risco de receberem sentença penal condenatória em regime de detenção?

    Ninguém lucrará com a condenação dos dois missionários. Milhares de brasileiros irão sofrer com o drama desses concidadãos. As 12 crianças do abrigo, que ainda estão lá, serão privadas da proteção e amparo que têm recebido, e por que não dizer, da companhia de quem as amou como pai. As ruas de Dakar se tornarão mais tristes, uma vez que ficarão vazias dos bons brasileiros que amam o Senegal, e lutam pelas maiores vítimas dos problemas sociais que ambos os países ainda enfrentam, o abandono de crianças pobres.



    Rio de Paz

    Dando voz aos sem e visibilidade aos invisíveis



    ASSINE A PETIÇÃO AQUI



    Por   @antonioccosta_

    segunda-feira, 1 de abril de 2013

    “Sou um herege, pois eles estão na Bíblia, e eu estou em Jesus!”, diz Caio Fábio


    1/04/2013 - 22:31


    Episódio recente do programa Caminho da Graça gera polêmica.

    “Sou um herege, pois eles estão na Bíblia, e eu estou em Jesus!”, diz Caio Fábio
    "Sou um herege, pois eles estão na Bíblia, e eu estou em Jesus!"

    O pastor Caio Fábio, como sempre, fez uma declaração polêmica no mais recente programa Caminho da Graça. Aparentemente, ele já não se importa de ser chamado de “herege” por outros evangélicos.
    Ao ser questionado sobre isso, declarou: “Para eles, sou um herege, pois eles estão na Bíblia, e eu estou em Jesus!” E por mais de 10 minutos argumentou que não faz sentido alguém ficar preso em argumentos bíblicos, pois Jesus veio para substituir a Lei.
    Embora não identifique a quem se referia, usou uma paráfrase das palavras de Jesus em João 8: “Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a se tornar homofóbico…”. Para o pastor, Jesus não se preocupava em cumprir a lei. “Quem quer base bíblica, vira fariseu”, asseverou.
    Anteriormente, Caio Fábio já declarou que a Bíblia é um livro do homem e não de Deus. Disse na mesma ocasião: “A Bíblia não é inerrante. Nem na literatura, ela tem erros literários; ela não é inerrante na cronologia, ela tem erros cronológicos; ela não é inerrante nas genealogias, ela dá saltos geracionais e só fica em cima das figuras mais importantes para marcar história”.
    Assista:
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