quarta-feira, 29 de junho de 2011

Ressucita-me, linda música da Aline Barros !!! Quem tiver ouvido pra ouvir que ouça !!!






  Intro:  C6  G/B  Gm/Bb  D/A  A4 

D                           A4  A 
  Mestre eu preciso de um milagre 
Bm                               G 
  Transforma minha vida, o meu estado 
D                                 A 
  Faz tempo que não vejo a luz do dia 
                                 Bm 
Estão tentando sepultar minha alegria 
                              G       G D/F# Em 
Tentando ver meus sonhos cancelados 
Em         B/D#      Bm/D               A/C#      G 
  Lázaro ouviu a Sua voz, quando aquela pedra removeu 
                          D        D A/C# Bm 
Depois de quatro dias ele reviveu 
               A4                G 
Mestre, não há outro que possa fazer 
                    D/F#            Em 
Aquilo que só o Teu nome tem todo poder 
                         A4    A 
Eu preciso tanto de um milagre 


tabrefrão
             D 
Remove minha pedra 
   D/F#       A4  A 
Me chama pelo nome 
              Bm 
Muda minha história 
  Bm/A        G 
Ressuscita os meus sonhos 
                 D/F#  G 
Transforma minha vida 
            A4 A 
Me faz um milagre 
              C 
Me toca nessa hora 
              G 
Me chama para fora 
A4         D 
Ressuscita-me
refrão
 

( G/B  A/C#  D

   D 
Tu és a própria vida 
  A/C# 
A força que há em mim 
      Bm 
Tu és o filho de Deus 
       G 
Que me ergue pra vencer 
  D/F# 
Senhor de tudo em mim 
   A 
Já ouço a Tua voz 
      Bm              D/F# 
Me chamando pra viver 
       G 
Uma história de poder! 


segunda-feira, 27 de junho de 2011

Vídeo da Deputada Myrian Rios - PDT do Rio de Janeiro

     Vídeo postado no Facebook pelo meu amadíssimo "tio" Jorge Carvalho da Terceira Igreja Batista do Plano Piloto, onde a deputada Myrian Rios do PDT do Rio de Janeiro, se manifesta contra o PEC 23/2007 que visa mudar a Constituição do Estado do Rio de Janeiro, colocando os homossexuais em patamar superior aos demais cidadão fluminenses. O PEC foi votado dia 21/06/2011 e recebeu 39 votos contrários e 2 a favor. O autor do PEC - o deputado do PT Gilberto Palmares - saiu do plenário e não votou. Várias opiniões e visões são sempre importantes na formação da nossa opinião pessoal.




quinta-feira, 23 de junho de 2011

Mais uma Marcha pra Gezuis !!!!






     Está acontecendo neste dia mais uma Marcha pra Gezuis; nesse tempo de Marchas é apenas mais uma, visto que hoje existe marcha de tudo que você quiser e desejar, é marcha dos sem-teto, marcha do orgulho gay, marcha contra o orgulho gay, marcha das vadias, marcha de cada sindicato de trabalhadores existente, marcha da natureza, marcha de impeachment, entre várias outras que no momento não me recordo, mas percebo no brasileiro uma necessidade nata de querer transformar tudo numa espécie de carnaval, mas será que temos o real compromisso com a causa de nossas marchas?
     Eu mesmo cheguei a participar das duas primeiras edições da Marcha pra Jesus, e sim, naqueles tempos eu acredito que essa marcha era realmente feita pra Jesus, hoje em dia porém, e desde que deixei de participar, tenho visto que a real motivação da marcha pra Jesus acabou transformando-a em marcha pra Gezuis; temos hoje uma cultura da vaidade de mostrar em número pro Brasil e princilpalmente pros políticos nossa força tanto de voto, como nossa infantilidade em disputar com outras linhas religiosas do Brasil a capacidade de reunir pessoas e sendo assim impressionar, muita vezes não pela qualidade mas pela quantidade; na verdade virou competição mesmo, temos que reunir mais que os homoafetivos, católicos, que os shows de rock etc..Com o risco de sermos julgados por não termos fé.
     Fora essa competição ainda existe o fator  evangelico-capitalista, hoje o que a marcha faz é render $$$$$$, muitos cifrões, cada trio é alugado por hora, pra cada pastor ter o tempo pra aparecer e dar seus brados de vitória, afinal, quem não aparece não é lembrado e mesmo que todos subam e falem as mesmas coisas repetidas o dia inteiro o que vale é o show, e estar na liderança, e comandar. Claro que existem pessoas ali que vão com um coração diferente, e o foco é realmente o Senhor, mas essa necessidade de marcha é de Jesus ou nossa? Observando as próprias escrituras percebo em Jesus um comportamento bem contrário a isso tudo, onde ele ia mesmo sem convocar ninguém as pessoas se reuniam pra ver suas maravilhas e ouvir sua novidade de vida, e em muitos epísódios conforme ia aumentado o número de pessoas ele acabava por ir a outro lugar; podendo ter milhares de seguidores escolheu apenas 12, pra estar perto e ter intimidade; quando reuniu setenta, logo os enviou pra lugares distintos a pregar a palavra.
     Percebo em Jesus um comportamento diferente, acredito que com 5 milhões de pessoas ele iria mandar todos irem e pregar o evangelho em todo o mundo, mesmo separados estariam juntos pela fé no verdadeiro corpo de cristo que não cabe em templos contruídos por mão de homens. Cabe a nós cristãos renovar a nossa mente e a nossa consciência no evangelho de Jesus, pedindo discernimento e clareza, e nos perguntar se tudo que está acontecendo no nosso meio faz parte da real vontade de Deus.



Em Deus, que nunca precisou provar nada pra ninguém e que espera adoradores que o adorem em espírito e em verdade,  mesmo que no seu quarto, em secreto.


Welton Medeiros
Brasília 23/06/2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

Exatamente como me sinto !!!

     Esse texto do meu colega Carlos Moreira do Blog: http://anovacristandade.blogspot.com/, que tive a graça de conhecer no programa Papo de Graça do tema: O Crente e o Sexo; com certeza exprime tudo que estou sentindo, e é tão exato que não dá pra tirar nem por, então aí vai meus sentimentos pelas letras de Carlos Moreira.




Carlos Moreira

Quem me vê sorrindo não conhece os meus dramas; quem me vê sonhando não discerne as minhas limitações; quem me vê chorando não entende os meus motivos; quem me vê sofrendo não compreende as minhas razões.

Hoje estou me sentindo como Sansão, vencido pelos meus dilemas, soterrado pelas minhas contradições. Estou girando em torno da roda de moinho da existência, já dei várias voltas ao redor do mundo sem sequer sair do lugar. Sim, eu sei que há dias nublados, cinzentos, há dias de dor e solidão, “tempo de chorar e tempo de sorrir”...

Descobri, já faz algum tempo, que eu sou de osso, não de aço. Não faço parte desta geração que não sente dor, que não sente medo, que não fica doente, que não peca, que não se contradiz. Fui formado em uma “forma” diferente, sou o mais comum dos comuns, ainda permaneço como substância informe, meu interior é coberto de sombras e silêncios, sou ser por fazer-se, incompleto, inconstante, imperfeito.

Estou com fome de vida, preciso de um gole de esperança. Sinto dores por fora, calafrios por dentro. Talvez você não entenda o que é isso, pois provavelmente você foi feito numa outra “linha de produção”. Você é mais maduro, mais moderno. Eu não. Eu sou ser da terra, feito do barro, criado do pó. O Espírito Eterno soprou em minhas narinas e eu ganhei um pequeno fôlego de vida, coisa passageira, tênue. Logo, logo, eu sei, ele se extinguirá.

Já andei pelos lugares altos, e sei também o que é se arrastar com a cara no chão. Aprendi a viver mais com o não do que com o sim. De tanto apanhar da vida, acabei aprendendo a dar significados as minhas derrotas. Eu vivo de restos; aquilo que outros desprezam eu colho como frutos de misericórdia. Tenho semeado com lágrimas, por isso ainda espero um dia colher algo com um pouco de alegria... 

Há momentos em que eu me sinto como alguém que caminha pelo deserto, um beduíno, um andarilho sem destino. Eu não sei em que porta eu entrei, quando dei por mim, já estava aqui. Curioso, também, é que eu não sei como sair; as portas daqui não possuem maçanetas para serem puxadas! Aqui é todo canto e lugar nenhum...

Deus é a minha esperança, e isso é tudo o que a minha alma sabe. Enquanto o pó da existência se acumula nos meus pés cansados de tanto caminho, lembro-me das palavras do “pequeno príncipe” – não o de Exupery – e faço a minha prece: “prepares para mim uma mesa na presença dos meus adversários, uma mesa no deserto, e então derrame óleo sobre a minha cabeça para que o meu cálice transborde”.

Ensina-me, eu te peço, a viver com retidão, a não desprezar a correção, a meditar em tua palavra e a guardar puro o meu coração. Eu sei que se isso eu fizer, certamente “bondade e misericórdia me acompanharão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor para todo o sempre”.   

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O Cristão Caminhando de Mãos Dadas com a Hipocrisia

     Bom amigos, aí vai um texto de  Alexandre Buth,  um grande amigo, irmão em cristo e antes de tudo um homem de Deus, que tem sua fé firmada no evangelho de Jesus e somente nele; ele escreveu de forma objetiva sobre o assunto de nossa última postagem: Acerca da inauguração de uma igreja inclusiva e voltada para acolher homossexuais no Centro de São Paulo, com o casal de pastoras Lanna Holder e Rosania Rocha.  (Lembrando que esse texto é uma opinião pessoal e não necessariamente se remete a uma posição do Nada Secreto, entretanto achei bem interessante)





O Cristão Caminhando de Mãos Dadas com a Hipocrisia

Mais uma vez, vem à tona no meio evangélico, a questão sexual. Tudo isto, devido a uma ex-missionária, a saber, Lanna Holder (e sua companheira Rosânia Rocha), abrirem uma igreja evangélica inclusiva, – sem meios termos – de homossexuais (GLBTT).

         Praticamente, todos os meios da mídia evangélica, vincularam esta notícia, que para muitos da igreja (e da Igreja), foi como se uma “bomba atômica” tivesse caído nas proximidades e tivesse “contaminado” tudo e a todos, e agora precisamos de máscaras de respiração “evangelical”.

         Não li nem escutei, partindo da igreja, compaixãobenignidadebondadeMANSIDÃOdomínio próprio e sobre tudo AMOR por estas pessoas, seja pela Lanna ou por qualquer homossexual. Mas tudo que vi e li foram acusações, como se fôssemos os detentores da perfeição e da justiça. Só se for justiça própria.

         Em vez da igreja ser um canal de acolhimentotratamento emocionaltratamento psicológico e ESPIRITUAL, está (em sua maioria) sendo canal e ferramenta opressora, o que aumenta nestas vidas a culpa, agrava a situação (o problema) e os distanciam ainda mais daquilo que deveria emanar da igreja – o AMOR.

         Isto tudo, não significa que se deve compactuar com a prática do homossexualismo, pois ela é biblicamente condenável, assim como é condenável a reação de muitos dentro da igreja.

Romanos 1.26-27
“...porque até as suas mulheres trocaram o modo natural de suas relações íntimas, por outro contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo em si mesmos a merecida punição do seu erro...”.

         O problema é que a igreja continua fazendo distinção entre pecado e pecado. Mas para Deus isto não existe – Pecado é Pecado (ponto). Alguns, com certeza dirão: “há versículos que demonstram que Deus abomina mais alguns pecados a outros”. A questão não é de “mais ou menos”, e sim de que QUALQUER pecado é abominação. Assim, como muitos estão falando “aos berros” que não se pode admitir tamanha “falta de vergonha”, também não se pode compactuar com MUITAS outras práticas:

1 Coríntios 6.9-11 
“Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbadosNEM MALDIZENTES (essa classe está muito bem representada nas igrejas), nem roubadores herdarão o reino de Deus...”.

Isso também é “falta de vergonha”.

         Ainda não ouvi nenhuma igreja pregando e acusando com tanto fervor, coragem e audácia, contra aqueles membros empresários que sonegam os seus impostos (até porque, o dízimo deles é alto bastante para comprar o silêncio...) - contra aqueles que “invadiram” área pública (ou área particular, mas que não poderiam lotear segunda a Lei que vigora em nosso distrito) e construíram ali suas casas (até porque aqui em Brasília, muitos das igrejas moram em condomínios IRREGULARES (depois eles apontam o dedo dizendo: “...dai a césar o que é de césar...”, “...faça isso e não aquilo...”). Mas tudo bem, pois estes pecados não estão relacionados com o sexo! Não são ESCÂNDALOS dentro do meio eclesiástico, são apenas escândalos (zinhos)... são pecados mais aceitáveis... INFELIZMENTE!

         Então, que se proteste contra os atos ilícitos, que seja “aos berros”, como estão fazendo, mas que se proteste contra todos e não apenas contra os de cunho sexual. E lembrando que por trás de toda pessoa, existe uma história de vida; e também que, vencer o pecado é uma luta muito complicada e CONSTANTE.

Ame, dê a mão, ore... isso é levar uma pessoa a Cristo. O Espírito Santo de Deus, que é o Espírito da Verdade é quem convence qualquer um do pecado.
         Alguns dirão, “devemos repreender!” Sim, SEMPRE EM AMOR, como Jesus fez. E jamais com acusações e condenação!

Esta mensagem de Romanos e Coríntios de que os homossexuais podem ser transformados é fato e os homossexuais têm experimentado transformações desde que Deus entregou a nós as Boas-Novas.

A Graça de Deus não gera libertinagem nunca. E se alguém não se ajudar e não for ajudado no Evangelho de Cristo... pode ter certeza, não o será por mais ninguém e por nenhum outro poder da terra.

Deixemos um pouco de olhar tanto para a vida do outro, vamos nos ENXERGAR à Luz do olhar do próprio Deus; dessa forma, seremos tratados no que diz respeito AOS NOSSOS pecados e assim, poderemos ser instrumentos mais eficazes para Deus, para honra e glória Dele mesmo. Deus quer amar através de nós; o amor gera arrependimento, perdão, mudança, transformação e salvação.

 
Brasília - 2011
Alexandre Buth

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Vale Tudo? (Deixe seu Comentário)

Pastoras lésbicas querem fazer 'evangelização' na Parada Gay de SP



Do G1 SP
Para o casal de pastoras, a Parada Gay perdeu seu propósito inicial de lutar pelos direitos dos homossexuais (Foto: Clara Velasco/G1)


Três semanas depois de inaugurar uma igreja inclusiva e voltada para acolher homossexuais no Centro de São Paulo, o casal de pastoras Lanna Holder e Rosania Rocha pretende participar da Parada Gay de São Paulo, em 26 de junho, para "evangelizar" os participantes. Estudantes de assuntos ligados à teologia e a questões sexuais, as mulheres encaram a Parada Gay como um movimento que deixou de lado o propósito de sua origem: o de lutar pelos direitos dos homossexuais.

Negação e aceitação da sexualidade
As duas mulheres, juntas há quase 9 anos, chegaram a participar de sessões de descarrego e de regressão por causa das inclinações sexuais de ambas. “Tudo que a igreja evangélica poderia fazer para mudar a minha orientação sexual foi feito”, afirma Lanna. “E nós tentamos mudar de verdade, mergulhamos na ideia”, diz Rosania. As duas eram casadas na época em que se envolveram pela primeira vez.


O casal passou por sessões de descarrego e regressão por causa da orientação sexual (Foto: Clara Velasco/G1)O casal passou por sessões de descarrego e
regressão por causa da orientação sexual (Foto:
Clara Velasco/G1)
“Sempre que se fala em homossexualidade na religião, fala-se de inferno. Ou seja, você tem duas opções: ou deixa de ser gay ou deixa de ser gay, porque senão você vai para o inferno. E ninguém quer ir para lá”, diz Lanna.
A pastora afirma que assumir a homossexualidade foi uma descoberta gradual. “Conforme fomos passando por essas curas das quais não víamos resultado, das quais esperávamos e ansiávamos por um resultado, percebemos que isso não é opção, é definitivamente uma orientação. Está intrínseco em nós, faz parte da nossa natureza.”

Igreja Cidade de Refúgio
Segundo as duas mulheres, após a aceitação, surgiu a ideia de fundar uma igreja inclusiva, que aceita as pessoas com histórias semelhantes as delas. “Nosso objetivo é o de acolher aqueles que durante tanto tempo sofreram preconceito, foram excluídos e colocados à margem da sociedade, sejam homossexuais, transexuais, simpatizantes”, diz Lanna.
Assim, a Comunidade Cidade de Refúgio foi inaugurada no dia 3 de junho na Avenida São João, no Centro de São Paulo. Segundo as pastoras, em menos de 2 semanas o número aumentou de 20 fiéis para quase 50. Mas o casal ressalta que o local não é exclusivo para homossexuais. “Nós recebemos fiéis heterossexuais também, inclusive famílias”, diz Rosania.
Apesar do aumento de fiéis, as duas não deixaram de destacar as retaliações que têm recebido de outras igrejas através de e-mails, telefonemas e programas de rádio e televisão. “A gente não se espanta, pois desde quando eu e a pastora Rosania tivemos o nosso envolvimento inicial, em vez de essa estrutura chamada igreja nos ajudar, foi onde fomos mais apontadas e julgadas. Mas não estamos preocupadas, não. Viemos preparadas para isso”, afirma Lanna.  (Entrevista G1 dia 16/06/2011)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ta aí um texto bem revelador sobre temas atuais recorrentes dentro da Igreja atual, muito bom !!!

Atos profeticos e feitiçaria gospel


Por Marcelo Lemos

A pergunta que responderemos hoje, em nossa série Doutor Bíblia Responde, poderá nos levar á fúria dos “evangélicos” de nosso tempo. Nosso leitor, André Rodrigues, nos envia a seguinte questão:

Olá. Gostaria de saber o que são, na verdade, os atos proféticos tão praticados atualmente nas igrejas, e quais as relações (se é que têm relação) com os atos proféticos do Velho Testamento...”.

André, vou responder de modo curto e grosso, para depois expandir mais a resposta. Então, que os “evangélicos” segurem o rojão:

O que são os atos proféticos praticados em (muitas) igrejas evangélicas hoje? São trabalhos de macumbaria, travestidos como mensagem do Evangelho, e roupagem cristã judaizante. Ato profético é feitiçaria gospel!

Qual a relação de tais atos proféticos com os atos proféticos do Antigo Testamento? Não há qualquer relação, pois no Antigo Testamento não havia atos proféticos, pelo menos, não nas configurações neopentecostais.

ANATOMIA DOS ATOS PROFÉTICOS NEOPENTECOSTAIS

Boa parte da Igreja Evangélica de nossos dias foi invadida por práticas pagãs, as quais se enraizaram tão fortemente na mente e no coração das pessoas, que estou convencido de que frequentar uma Igreja Romana seria, anos luz, mais saudável. Claro, refiro-me, somente, as Igrejas Evangélicas que seguem tais práticas. Infelizmente, são muitas; talvez, a maioria delas.

Em ditas “igrejas”, o pastor virou xamã, revestindo-se da mesma mística, e dos mesmos poderes, que antes eram propriedade dos feiticeiros das casas de macumba. Os crentes, assim como os que buscam os terreiros, transformaram-se numa multidão de adoradores mercenários, a procura de um “cristo talismã”, que lhes desamarre os caminhos.

Mas, ainda precisamos relacionar os “atos proféticos” com os trabalhos de macumbaria. Coisa fácil de se fazer. Basta compararmos as duas anatomias. Um trabalho de macumba nada mais é que o homem valendo-se de ritos, e de objetos, a fim de manipular a ação da Divindade (ou das divindades, dependendo do caso).

Jostein Gaarder, na obra “O Livro das Religiões” (Cia. Das Letras), nos fornece uma descrição muito valiosa sobre o que seria a “magia”:

... o ser humano que se vale de ritos mágicos, ele está tentando coagir as forças e potencias a obedecer à sua ordem – que com frequência consiste em atingir finalidades concretas. Desde que os rituais mágicos sejam realizados corretamente, o mago acredita que os resultados desejados decerto ocorrerão, por uma questão de lógica”.

Se você trocar “mago” por “pastor”, “apóstolo”, ou mesmo “levita”, obterá um retrato fiel da espiritualidade 'evangélica' alimentada por muitas pessoas. Atos proféticos, e pontos de contato (como sabonetes, chaves, e rosas ungidas), possuem a mesma utilidade dos ritos e objetos utilizados em rituais de magia.

Pode ser que alguém nos imagine exagerando, então, vamos pedir a opinião do 'Paipóstolo' Rene Terra Nova, entusiasta e incentivador de “atos proféticos”:

Mas, o que é um ato profético? É uma expressão, uma atitude visível da Igreja que tem uma referência e um respaldo no mundo espiritual. Digo que o ato profético é uma mensagem enviada ao reino do espírito que ratifica a ação da fé e da Palavra” (Atos proféticos, comando de Deus ou invenção humana?, MIR).

Mensagens enviada ao “mundo do espírito”, a fim de que o “pastor” e o “crente” consigam conquistar alguma coisa desejada no “mundo físico”. Ato profético, portanto, é um meio do homem manipular o mundo espiritual, inclusive a ação dos demônios:

Se conhecermos a potencialidade da cobertura espiritual, impediremos que o diabo entre em nossas fronteiras, migre pelas bre­chas ou assalte pelas arestas. Os atos proféticos são uma ferramenta de Deus para impedir que sejamos apanhados de surpresa. Na verdade, é uma chamada de Deus para não permitirmos que o diabo adentre no nosso arraial... A realização desses atos emite mensagem no mundo espiritual, imobilizando a atuação do diabo e desatando a ação da igreja.” (Idem).

Em outras palavras, o pastor assumiu o lugar do feiticeiro, especializando-se em manipular as forças espirituais a seu favor. Seu suposto poder é tão grande, que inventou também a Cobertura Espiritual, com o que ameça os rebeldes – os que lhes questiona - de serem amaldiçoados por Deus. Os macumbeiros mais poderosos hoje, estão em cargos de liderança nas ditas Igrejas Evangélicas.

E OS ATOS PROFÉTICOS BÍBLICOS?

Não há atos proféticos na Bíblia, nem mesmo no Velho Testamento. Vamos recordar a definição do xamã gospel Rene Terranova: “Digo que o ato profético é uma mensagem enviada ao reino do espírito que ratifica a ação da fé e da Palavra!”. Em que lugar das Escrituras lemos sobre patricarcas, profétas ou apóstolos realizando atos que eram “mensagens enviadas ao reino do espírito”? Em lugar algum!

O que esses falsários, sabios analfabetos em exegese, fazem, é sequestrar profecias bíblicas, deturpá-las de seu sentido natural e Evangélico, a fim encaixá-las em seus manuais de feitiçaria. Terranova apresenta sua primeira “prova” de que atos proféticos são bíblicos, valendo-se de Genesis 3.15:

Você sabia que em Gênesis 3, quando Adão e Eva se esconderam atrás das folhas de figueira, Deus estava apontando para a cruz?” (Idem).

Todo cristão que já foi a Escola Dominical sabe que Genesis 3.15 aponta para a Cruz de Cristo; Terranova não fala qualquer novidade aqui. Mas, que Genesis 3 tem de ato profético? Se um ato profético é uma “mensagem enviada ao mundo do espírito”, onde encontramos tal coisa no texto de Genesis 3, ou em qualquer outro texto inspirado pelo Espírito Santo?

O que encontramos em Genesis 3 não é um ato profético, não é um ritual de manipulação do mundo espiritual, mas uma tipologia; ou seja, um evento histórico que simbolizava a Obra de Cristo. Seu objetivo não era manipular o mundo espiritual, como ocorre nos atos proféticos, mas sim ensinar o povo de Israel sobre a realidade que estava por vir: Cristo!

Por esse motivo o Novo Testamento chama o Velho de “sombra”, pois é composto de eventos históricos, e da ritualística da Lei, que simbolizavam a realidade futura, feita presente no tempo na pessoa do Cristo: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombra das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo” (Colossenses 2.16,17).

De modo que, os simbos do Antigo Testamento não eram atos proféticos que enviavam mensagens ao “mundo do espírito”, mas sim, símbolos que transmitiam mensagens aos homens, visando ensiná-los na Verdade.

Ainda mais ridícula é a tentativa de identificar atos proféticos no Novo Testamento. Sobre isso Terranova ensina: “A pregação do Evangelho, o batismo nas águas, a ceia do Senhor, a unção com óleo, o dízimo e a oferta são atos proféticos que serão realizados pela igreja, até que o Messias volte”.

Ora, desde quando enviamos mensagens ao mundo do espírito quando comemos do Corpo e do Sangue de Cristo? Desde quando enviamos mensagens ao mundo do espírito quanto somos conduzidos as águas do Batismo? Qual lugar da Escritura ensina tal insanidade? O ensino bíblico sobre a Ceia, por exemplo, é que a mesma consiste em um serviço de adoção a Deus (Liturgia), e uma proclamação publica (feita aos homens!) da mensagem do Evangelho: “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha!” (I Cor. 11.26).

Ainda que os seres celestes, de fato, nos assistam na trajetória cristã, inclusive em nossos serviços liturgicos (I Cor. 4.9; 11.10); o Culto Público é prestado a Deus, e somente a Ele; transformar o Culto em uma mensagem enviada ao “mundo do espírito”, a fim de manipular forças espirituais, é paganizar a fé cristã! A simbologia liturgica do cristianismo, em boa parte perdida no pós-puritanismo, não nos coloca em contato com o mundo dos espíritos, mas nos ensina sobre a realidade escatológica por vir:

O culto, portanto, é uma assembleia de antecipação escatológica. Vejam que Cristo lhe dá esta dimensão quando diz, na instituição da Santa Ceia, substituta da Páscoa judaica: "Pois vos digo que nunca mais a comerei, até que ela (a Páscoa) se cumpra no reino de Deus" (Lc 22.16). Toda vez, pois, que se celebra a Santa Ceia o quadro simbólico do culto sacrificial se repete e uma antevisão escatológica se realiza” (Rev. Onézio Figueiredo, citado em Conta-gotas de sabedoria)

O que a simbologia bíblica reflete é uma pedagogia divina, e não um ritual de magia; porém, os xamãs evangélicos querem deturpar até a pedagogia de Cristo. Como todo leitor das Escrituras há de saber, Jesus sempre fez uso de parábolas e ilustrações para transmitir seus ensinamentos; para os feiticeiros evangélicos, o que Jesus fazia era “atos proféticos”. Com a palavra, Rene Terranova:

Jesus utilizou-se de muitas figuras do reino físico para ilustrar mensagens alusivas ao reino do espírito. Quando disse: destruirei esse templo e em três dias o reconstruirei, Ele falava numa linguagem profética (Jo. 2:19). As pessoas ao ouvirem-no olhavam para um templo físico, enquanto o Mestre aludia-se ao espiritual. Eles diziam: como o Senhor fará tal feito em três dias se nossos pais levaram 40 anos constru­indo esse templo?”.

Observem, apesar de sua fixação pelo tal “reino do espírito”, Terranova não é completo ignorante em exegese. De fato, Jesus se valia de elementos do mundo físico para ilustrar verdades espirituais. Até aqui nada a acrescentar. O que destoa o discurso mágico dos neopentecostais, é alegar (ou mesmo insinuar) que as parábolas utilizadas por Jesus eram “atos proféticos”, os quais são “mensagens enviadas ao mundo do espírito”. Uma parábola é o que uma parábola sempre foi: um método didático, que, obviamente, objetiva ensinar aos homens!

Quando Jesus quis enviar “mensagem” ao “reino do espírito”, Ele não fez uso de parábolas, nem de quaisquer outra classe de figuras, simplesmente ordenou Sua vontade:

E andava pastando diante deles uma manada de porcos. E os demônios rogaram-lhe, dizendo: Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos; e Ele lhes disse: Ide!” (Mateus 8.30-32).

Se Jesus seguisse o manual neopentecostal dos gedozistas, teria feito um ato profético! Talvez, imagino, tivesse ordenado aos discípulos criar um boneco de porco, a fim de arrebentá-lo a pauladas, com muita autoridade, enviando assim, uma mensagem ao “mundo do espírito”, 'liberando' (sic) o caminho de sua pregação. Ou, se o tempo fosse curto, ordenaria que todos levantassem a barra das saias, e saíssem urinando nas cercas do nefasto chiqueiro, demarcando território; coisa bem apropriada para Aquele que é o Leão (risos).

Todavia, o alvo das parábolas, apesar de didático, não era facilitar o entendimento das pessoas, mas sim, forçá-las a meditar mais seriamente nas realidades espirituais nelas inseridas (João 16.29,30). Um outro objetivo das parábolas de Jesus, normalmente negligenciado por pregadores populares, era impedir que os reprobados compreendessem a Mensagem do Evangelho:

Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado... Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e vendo, vereis, mas não o percebereis!” (Mateus 13.11, 13-14).

Atos proféticos? Não, método didático, assim como as figuras e os rituais do Antigo Testamento.

Que são os atos proféticos feitos em muitas igrejas? São trabalhos de feitiçaria, com roupagem cristã e judaizante, cujo objetivo é manipular o reino dos espíritos, enviando-lhes comandos e ordens. Qual a relação com os atos proféticos bíblicos? Não há relação, pois a Bíblia não ensina nada sobre tal prática. Apesar da Bíblia estar repleta de simbologias, o alvo das mesmas, como vimos, é servir ao ensino dos crentes, e não manipular o mundo espiritual.


Marcelo Lemos acha que Harry Potter nao tem vocaçao pastoral, e por isso colabora com a subversao do Genizah!

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