Quando os atos de Deus parecem injustiça/maldade aos homens

     Quando lemos a bíblia, na realidade lemos uma série de livros que foram unidos e que juntos formam um livro só, em que muitos acreditam ser a palavra de Deus ou a revelação divina transmitida por Deus inspirando homens separados/escolhidos para essa tarefa. Esse livro é subdividido em várias partes, dependendo do assunto que aborda, da linguagem ultilizada, da época que foi escrito e etc... Mas a divisão mais importante é a que separa o livro em duas partes: Velho Testamento, que fala da criação da terra e do homem, e do início de uma relação com essa criação, bem como uma insituição de normas e leis na forma proceder em várias situações da vida humana; como uma espécie de manual educativo pra se evitar ou corrigir problemas, e desvirtuamento de atitudes e também uma tentativa de mostrar ao homem uma maneira de se relacionar com o seu criador. A segunda parte é o Novo Testamento, onde Deus tenta uma nova maneira de se relacionar com o homem e vem com uma proposta diferente, onde no lugar de normas, encontramos liberdade de agir segundo a nossa consciência; no lugar de leis, encontramos uma única lei, o agir em amor que está acima de qualquer lei.

     Entretanto no Velho testamento encontramos várias ocasiões onde Deus destrói ou mata parte daquilo que ele mesmo criou, podemos citar o dilúvio e a destruição de Sodoma e Gomorra, onde fica claro a insatisfação de Deus com relação ao rumo que sua criação tomou e a tentativa de "arrumar a casa". A verdade é que desde sua criação o homem cheio de emoções e vontades procurou seguir seus próprios passos e desejos, não seguindo ou simplesmente não fazendo questão de seguir aquilo que o seu criador colocou como o melhor e mais adequado. Ora, será realmente mal aquele que cria algo e tenta melhorar sua criação; eu mesmo enquanto escrevo esse texto e erro alguma palavra "dou um backspace" e escrevo novamente de forma correta ou será que como criador não tenho o direito de concertar ou melhorar aquilo que crio? Porém, nesse caso estamos falando de pessoas, de vidas, e como pode alguém ser tão mal a ponto de tirar vidas pra "arrumar/melhorar" algo?  Tendo isso como base, temos que tentar entrar na dimensão da mente de Deus, pra enfim poder compreender tais atitudes; o que é impossível, devido a nossa falta de capacidade de entender o processo infinito de onisciência, onipotência e onipresença que permeia a mente de Deus. Podemos também na nossa limitação nos perguntar se essas pessoas "mortas" no dilúvio ou na destruição de Sodoma e Gomorra, foram realmente mortas, visto que pra nós e nossa capacidade de entender a morte, elas foram, sim, mortas; mas e pra Deus, elas foram mortas? E o que é a morte pra Deus? É o mesmo que significa pra nós? Como podemos dizer que Deus foi mal nessas ocasiões, se nem concebemos o que o ato de matar aquelas pessoas significou na dimensão de Deus; simplesmente porque nossa mente não consegue atingir tal dimensão. Pode ser possível que os propósitos de Deus tenham sido os melhores e nós na nossa limitação enxergamos apenas o que vemos com os olhos "naturais", comparado a um biólogo, que olhando sem microscópio nada enxerga, mas ultilizando o  mesmo, pode ver coisas que não via antes.

     Temos até mesmo que levantar o pressuposto de que existem pessoas que não acreditam e/ou não concebem a bíblia como palavra de Deus; nesse caso, esses episódios podem ser apenas histórias com fins educativos, no intuito de mostrar o que acontece a quem não age "direitinho"; como várias histórias contemporâneas de contos de fadas, sendo que esse conto de fadas é hebreu e antigo, talvez por isso muito duro e seco, sem as fantasias próprias remetidas a tais contos.

     O fato é que pra nós tentarmos perscrutar os atos de Deus e até mesmo julgá-los, nós precisaríamos tentar entender e compreender como funciona a mente de Deus, e necessitaríamos também de ter o conhecimento dele, pra ter uma visão de seus propósitos desde a criação até a consumação de tudo o que criou; como se assitíssimos o início e o fim de tudo numa "televisão em 4d", que além de nos mostrar tudo, nos faz sentir tudo e ao mesmo tempo participar de tudo, e tudo ao mesmo tempo, já que a noção de tempo pra Deus também é outra que não conseguimos compreender.

     Diante de tal autoridade e poder, opto apenas em me submeter e deixar com o criador de tudo, a tarefa de cuidar de tudo, e avaliar tudo, e julgar tudo, me colocando assim,  no meu lugar, que hoje não é mais de criação ou criatura, mas sim de filho, e muito amado, que tentando ser um bom filho, obedece e percebe que até o que nos parece mal, sendo disciplina de um pai,  é feito com amor no intuito de forjar uma pessoa melhor, com um caráter mais elevado.

Optando por enxergar atos de amor, onde muitos por não entenderem, enxergam atos de maldade e injustiça.

Welton Medeiros

Brasília- DF

29/03/2011

A velha e eterna necessidade de ídolos

     Desde que o mundo é mundo os homens sempre procuraram algo em que se espelhar, esperar e/ou confiar, uma necessidade interna que quando não suprida o faz criar os ídolos dos mais bizarros até os mais aceitáveis possíveis, e é percebível que todos os povos do mundo  têm essa "sede"/necessidade de muitas vezes se auto-afirmar escolhendo ídolos em que o próprio povo seja saciado dessa "sede", e que os outros povos reconheçam esses ídolos como ícones de força, habilidade, perfeição e as mais variadas qualidades possíveis.

     Na antiguidade vemos a afirmação dessa necessidade de ídolos na criação de vários deuses, um pra cada área da vida,  conforme cada necessidade real ou apenas um meio de explicar fenômenos naturais que o homem da época não conseguia entender, como catástrofes, abortos naturais entre uma infinidades de fenômenos não alcançados pela mente científica da época. Dessa forma criamos deuses os mais variados, o povo Hebreu é um perfeito exemplo a essse respeito, criando em um certo momento um Bezerro de ouro e outrora exigindo um rei, tentando se espelhar nas outras nações cheias de deuses e reis; mas não paramos por aí chegamos ao ponto de tentarmos fazer de homens deuses, como por exemplo os faraós, considerados verdadeiros deuses viventes, os semideuses e herois gregos que até hoje permeiam as nossas fantasias; outros povos entretanto fazem de animais deuses e por aí vai o grande vazio do homem criando e tentando resolver por sí só essa necessidade.

     Contemporâneamente e atualmente continuamos agindo da mesma forma, mesmo com o advento da ciência, do iluminismo e de todo salto da consciência do ser humano, continuamos nós agindo da mesma forma criando ídolos dos mais diversos possíveis, onde muitas vezes são líderes políticos como Marx, Chê,  atualmente Obama entre outros; muitas vezes são bandas músicais, astros do rock, jogadores de futebol e atletas em geral; o curioso é que hoje o povo em geral não tem mais o poder de criar seus ídolos esse papel já tem um dono, que é a força da mídia e dos instrumentos formadores de opinião,  o que é pior ainda, partindo do princípio que  esses instrumentos "vomitam" pra sociedade aqueles que eles mesmos escolhem e como um mantra fixa na nossa mente que aquilo que produzem como ídolos é aquilo que devemos aceitar com tal.

     Saudade do tempo em que nossos ídolos ou pessoas que procuramos nos espelhar eram pessoas simples e de verdade, que muitas vezes lutaram muito pra viver e com dificuldade criaram suas famílias, saudade do tempo em que meu ídolo era meu pai, que era o mais forte de todos e que quando crescer eu gostaria de ser igual a ele, e até mesmo comparar a função do meu pai na terra com a de Deus, que cuida supre, alimenta, educa e que acima de tudo isso, ama e ama incondicionalmente.

     Precisamos colocar nossos anseios e nossas necessidades em alguém que realmente pode suprí-los e dar verdadeira satisfação, ao invéz de estar sempre procurando e esperando de falsos deuses e ídolos que apenas alimentam nossas fantasias, nos prendendo a eles e criando uma espécie de dependência parasitária onde o interessante é permanecer no mesmo estado, servindo de  alimento a todos esses processos que têm por objetivo apenas perpetuar o engano.

Com o entendimento e a certeza de que apenas àquele que criou o homem, tem o necessário pra suprir todas suas necessidades.

Welton Medeiros

22/03/2011

O Desastre que revela

      É impossível não estar atento a tragédia que assola o Japão nesses dias, um país já tão assolado por várias tragédias durante toda a sua história e já reconhecido também pela sua capacidade incrível de se reeguer,  renascer e ressurgir literalmente "das cinzas".

     Mas é importante salientar que tragédias têm acontecido no mundo inteiro de várias formas e em variados lugares, nos EUA volta e meia acontece tornados, na Índia/Indonésia terremotos, e agora no Japão o Tsunami; mas não precisamos ir longe, no início do ano aqui mesmo no Brasil, tivemos um grande desastre em algumas cidades do Rio de Janeiro que arrasou casas, prédios, pontes, estradas etc...

      O interessante é perceber que à cerca de 2000 atrás, Jesus já havia falado que tragédias como essas  iriam acontecer, e alguns podem pensar que é bastante lógico que tragédias naturais sempre aconteçam, porém, podemos pegar os registros e perceberemos o crescimento exponêncial desses desastres e tragédias no século XX, volta e meia estamos ouvindo algo em algum lugar do mundo sobre tal fato; mas esquecendo-se das questões proféticas, podemos entrar na questão natural e afirmar que tudo isso é resultado do desenvolvimento desenfreado e de uma produção megalomaníaca, que geram várias reações no planeta como o aquecimento global entre outros, ora macroproblemas que atigem o globo, ora microproblemas que você sente diretamente perto/dentro da sua casa.

     O curioso dentro dessa questão é como o desastre é revelador pro homem, pois o coloca na real vocação de "SER-humano", que principalmente é um "ser" onde sua diferenciação está justamente no fato de ser "humano", e é no desastre que nos esquecemos das nossas diferenças interpessoais/culturais e somos apenas homens, irmãos e por isso nos ajudamos como o mundo tem feito com o Japão hoje, com a Índia outrora e com muitos outros povos antes, a questão é que vivemos alienados no nosso "mundinho" e esquecemos que somos "globo", somos todos juntos, e o que acontece com o outro provavelmente vai ou pode nos afetar também um dia.
     Optemos então por escolher pela maravilhosa motivação de "SER-humano"; pra sermos humanos com o outro e com o "globo", ao invés de necessitarmos de catástrofes, desastres e tragédias pra que nossos olhos sejam abertos e nos elevemos a categoria de humano?

Com a consciência do que devo "SER", muitas vezes não sendo !!! (Romanos 7 e 8)

Welton Medeiros

Brasília-DF

16/03/2011

PEQUENAS EXPLICAÇÕES !!!!

    

      Bom, vieram me perguntar via msn se os textos que publico aqui são de minha autoria, queria dizer a todos que tudo que publico aqui é de minha autoria e se publicasse algo aqui de outra pessoa com certeza daria a ela os louros de seus próprios pensamentos. Então a todos que leêm o que aqui escrito está, está lendo o fruto de experiências e/ou leituras que fiz durante minha vida, tanto leituras de livros como de vidas e situações.

     Queria pedir também que se sentirem o desejo podem comentar os textos, com liberdade fazendo assim críticas boa ou ruins, de forma que eu melhore cada vez mais a qualidade daquilo que escrevo, e não somente isso, podem me dar idéias novas a respeito do que falar; se você tem algum tema que acha interessante ou busca a opinião de outra pessoa, prometo na medida do possível estar tratando e proporcionando uma abordagem aqui, quem sabe não vira uma boa fonte de discussão e transmissão do conhecimento (pode mandar idéias, ou temas, ou perguntas pro meu e-mail: weltonlmedeiros@gmail.com, ou postar no comentário do texto). Inclusive se assim desejar podem reblogar e/ou divulgar o blog com liberdade também.

Em Deus, cujo não faltou sinceridade e honestidade desde antes da fundação do tempo, naquele o qual devemos nos "espelhar".

Welton Medeiros
Brasília-DF
14/03/2011

Conhecimento indispensável pra caminhar

http://vimeo.com/channels/discipulo

Afundando

 

    Vivemos uma crise na igreja cristã atual, andamos perdidos tentando encontrar o caminho certo, caminho perdido outrora em teologias de prosperidades, apostólicas, de crescimento rápido, onde o que interessa é crescer, multiplicar, sem necessariamente se importar com a qualidade desse crescimento e muitas vezes o meio necessário pra isso. Adotamos nas nossas igrejas  inclusive, técnicas de crescimento empresarial,  assumindo assim de vez a sua vocação pra empresa/clube no qual medimos o "sucesso", analisando gráficos de número de membros e dízimo, muitas vezes não se importando com o significado real que deveríamos dar a todas as áreas da igreja, tornando assim a igreja em um ambiente de comunhão apenas momentânea, um verdadeiro "fast food de Deus", onde nos alimentamos rapidamente preocupados apenas com nossos próprios interesses, tornando-nos assim empresas individuais;  procuramos nossa cura, nossa salvação, nossa solução pros problemas financeiros; ou então,  transformamos nossa igreja em verdadeiros "shows espirituais", onde vamos pra pular, gritar, cair e usar todos os dons (juntos de preferência).

     Claramente percebemos o real interesse em apenas agregar pessoas, e porque não, aliená-las  ou até traumatizar algumas que não tem as mesmas habilidades em reproduzir o "surto" que se vê hoje em dia nas nossas igrejas.

     A verdade é que esquecemos o motivo pelo qual fomos chamados, esquecemos a vocação principal e pela qual muitos antes de nós morreram e dedicaram suas vidas e foram abençoados; esquecemos que fomos chamados pra amar, fomos chamados pra cuidar, fomos chamados pra fazer diferença na vida de outras pessoas, pra perdermos nosso precioso tempo investindo em cuidado, amizade, compreensão, em apenas ouvir, em aconselhar, discipular. Visto que o exemplo que temos a seguir, o de cristo, já é suficientemente excelente pra sabermos exatamente como proceder tanto na concepção, quanto na formação e na destinação de tudo que deve ser feito na Igreja de Cristo, que foi feita por ele, por meio dele e para ele, e não pra nossa satisfação pessoal e muitas vezes egoísta; onde nos usurpamos de ser donos de algo que  não nos pertence, e pior ainda, transfomamos aquilo que era pra ser excelência de Deus em uma imagem verdadeira daquilo que tem dentro do coração do homem.

Em Deus, que não se conteve em apenas falar, veio aqui pessoalmente e serviu de exemplo pra nos ensinar o caminho e como caminhar.

Welton Medeiros

14/03/2011



Aos Amigos

      Bom, nada como ter pessoas que se preocupam, importam e gostam de estar com você, ainda mais em tempos como os de hoje onde cada vez mais as pessoas estão preocupadas e envolvidas por uma cada vez mais corrida maneira de viver,  não sobrando tempo pra conversar, brincar, sorrir, compartilhar sonhos, angústias, esperanças, tomar um sorvete sem motivo ou até mesmo fazer as coisas sem simplesmente ficar preocupado com o horário de ir embora resolver as coisas da vida, e que vida é essa que não temos mais um relacionamento intenso, verdadeiro e desinteressado pelas pessoas.

      É notável ver como Deus em toda sua sabedoria e apesar de ser Deus nós chama o tempo todo a fim de nos relacionarmos com as pessoas, prova disso é a própria criação onde apesar de ter criado toda natureza e os animais, viu Deus que o homem precisa de um semelhante e não apenas nesse momento mas percebemos em toda Bíblia um chamado de Deus para estarmos nos relacionando com as pessoas, até ele mesmo veio aqui pra se relacionar diretamente com os homens e nesse meio tempo em que esteve aqui teve o sabor de conhecer o homem como ele é, foi amado, odiado, traído e morto por nós, e mesmo assim reviveu pra se relacionar novamente e nos esperar pra nos relacionarmos novamente.

      Que Deus possa dar ao homem o "olhar" com o qual ele nos vê, para que assim possamos nos "ver" melhor, e assim nos relacionar melhor e investir nesses relacionamentos de forma saudável, e se acaso nos decepcionarmos, não nos escondermos das pessoas com medo de sofrer e sermos machucados, mas usar o "olhar de Deus" e o perdão pra continuar a investir no projeto maior e que despertou em Deus tanto amor, O Homem.

Em Deus, que amou o homem de tal maneira que se tornou um de nós, viveu no meio de nós e morreu por nós !!!

Welton Medeiros

Brasília-DF
10/03/2011