domingo, 13 de março de 2011

Afundando

 

    Vivemos uma crise na igreja cristã atual, andamos perdidos tentando encontrar o caminho certo, caminho perdido outrora em teologias de prosperidades, apostólicas, de crescimento rápido, onde o que interessa é crescer, multiplicar, sem necessariamente se importar com a qualidade desse crescimento e muitas vezes o meio necessário pra isso. Adotamos nas nossas igrejas  inclusive, técnicas de crescimento empresarial,  assumindo assim de vez a sua vocação pra empresa/clube no qual medimos o "sucesso", analisando gráficos de número de membros e dízimo, muitas vezes não se importando com o significado real que deveríamos dar a todas as áreas da igreja, tornando assim a igreja em um ambiente de comunhão apenas momentânea, um verdadeiro "fast food de Deus", onde nos alimentamos rapidamente preocupados apenas com nossos próprios interesses, tornando-nos assim empresas individuais;  procuramos nossa cura, nossa salvação, nossa solução pros problemas financeiros; ou então,  transformamos nossa igreja em verdadeiros "shows espirituais", onde vamos pra pular, gritar, cair e usar todos os dons (juntos de preferência).
     Claramente percebemos o real interesse em apenas agregar pessoas, e porque não, aliená-las  ou até traumatizar algumas que não tem as mesmas habilidades em reproduzir o "surto" que se vê hoje em dia nas nossas igrejas.
     A verdade é que esquecemos o motivo pelo qual fomos chamados, esquecemos a vocação principal e pela qual muitos antes de nós morreram e dedicaram suas vidas e foram abençoados; esquecemos que fomos chamados pra amar, fomos chamados pra cuidar, fomos chamados pra fazer diferença na vida de outras pessoas, pra perdermos nosso precioso tempo investindo em cuidado, amizade, compreensão, em apenas ouvir, em aconselhar, discipular. Visto que o exemplo que temos a seguir, o de cristo, já é suficientemente excelente pra sabermos exatamente como proceder tanto na concepção, quanto na formação e na destinação de tudo que deve ser feito na Igreja de Cristo, que foi feita por ele, por meio dele e para ele, e não pra nossa satisfação pessoal e muitas vezes egoísta; onde nos usurpamos de ser donos de algo que  não nos pertence, e pior ainda, transfomamos aquilo que era pra ser excelência de Deus em uma imagem verdadeira daquilo que tem dentro do coração do homem.



Em Deus, que não se conteve em apenas falar, veio aqui pessoalmente e serviu de exemplo pra nos ensinar o caminho e como caminhar.



Welton Medeiros
14/03/2011



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