quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Depois da TV Globo, o Senado Federal e depois o mundo! Chegamos lá!


Show é show; culto é culto; missa é missa; Chicabom é picolé e Itaipava é cerveja. 

1 Coríntios 10.23


Aprovado projeto que reconhece música 'gospel' como manifestação cultural

Em votação simbólica nesta terça-feira (20), o Plenário do Senado aprovou o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 27/2009, que altera a Lei Rouanet (Lei 8.313/1991) para reconhecer como manifestação cultural a música gospel e os eventos relacionados ao estilo. 

O termo gospel, uma contração dos termos ingleses "God spell", ou "fala de Deus", denomina o estilo musical de composições feitas para expressar a fé cristã. 

Pela proposição aprovada, do ex-deputado Robson Rodovalho, a música gospel passa a ser reconhecida como parte da cultura contemporânea brasileira, o que permite que pessoas e entidades que lidam com esse estilo possam receber apoio financeiro de empresas por meio de mecanismos de incentivo. 

Na justificação do projeto, o autor do projeto destacou que a música gospel, oriunda da tradição norte-americana, tem se disseminado no Brasil, em eventos de grande porte que contam com a participação de parcela significativa de jovens. 

No Senado, o projeto recebeu parecer favorável nas comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Educação, Cultura e Esporte (CE). A proposta, sem emendas, foi votada em regime de urgência atendendo a requerimento da senadora Ana Amélia (PP-RS), subscrito por outros senadores. 

Paulo Cezar Barreto / Agência Senado


Está aberta a temporada de caça! Vai chover Vai chover! Grana! Grana! Risos.

E antes que me perguntem o que eu acho, já respondo: Se pode incentivar Rock, por que não incentivar o gospel? 
Eu não me iludo e nem me escandalizo. Se é música... Música por música, carreira por carreira, sem espiritualizar nada, separando bem as coisas, colocando cada um no seu galho, pois este limbo ético onde os papeis dos servos se misturam com os do artista e as suas carreiras viram ministérios e as letras das canções são "lidas" como Escrituras... Isto é o mais prejudicial. Música é música, Adoração é outra coisa. A igreja faça uso do que é bibliocêntrico e o resto é expressão artística para tocar no rádio, shows, etc.


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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

10 maneiras de identificar um fariseu

por Zé Luís

No meio cristão é usual associarmos a hipocrisia com o que chamamos “fariseu”, já que era Jesus quem denunciava-os publicamente dessa forma, sem se importar com a influência política que esses líderes religiosos da época tinham, a ponto de poderem conseguir penas capitais através do Estado dominante - no caso, Roma – como a crucificação, por exemplo. Fariseus tinham apoio público para seus atos, inquestionáveis, e exerciam a posição mais poderosa deste mundo: ministravam diretamente ao Deus Altíssimo, criador dos Universos.

Mas a pergunta que não quer calar é: você é um fariseu? Tem tendências a isso? Será?

1. Boas intenções originais justificando atos ruins
A seita dos fariseus surgiu em uma época anterior ao nascimento de Cristo, na época dos Macabeus – vide livros apócrifos na bíblia católica – quando a influência da religião helênica romana começava a trazer elementos à religião judaica (como o uso de imagens representando deuses) que descaracterizaram a Lei Mosaica, patrimônio nacional. Defender a manutenção dos valores da Lei era, além de apologia religiosa, garantia de que o Judaísmo não seria contaminado com abominações como a Idolatria.

Essa luta apologética pela preservação das Escrituras foi o marco inicial do grupo. Não demorou muito para que essa seita, que migrou para partido político, começasse a abandonar a força original, já que a liderança era passada de pai para filho, e os mesmo nem sempre tinham a mesma perseverança de seus antepassados, mas usando do prestígio do passado para se manter a frente, no poder.

2. A organização em nome de Deus é mais importante que Deus.
Jesus denunciou isso sistematicamente, não respeitando líderes daquele grupo por serem gente bem colocada socialmente. O mestre pedia contas a eles pelas responsabilidades que tinham em mãos, questionando a postura egocêntrica quando usavam de suas posições para beneficiar-se. O uso de retóricas religiosas para justificar atos perversos, e a incorporação desses atos como regras a serem usadas em benefício próprio, mesmo quando isso não é compatível com os preceitos no qual, originalmente, se propôs quando ingressou na organização é típicamente farisáica. A tradição de um sistema, mesmo que claramente perverso, para um fariseu, é mais importante do que a religião defende.

3. Não existir policiamento para quem faz policiamento é uma benção
Um dos detalhes que mais aborreciam o Mestre era o fato dos fariseus “aperfeiçoavam” cada vez mais as Leis e não às cumpriam.
Era comum entre os “rabinos” a discussão sobre determinados pontos da lei, como por exemplo, o cumprimento do sábado sagrado: Se um discípulo, quando questionado sobre quanto se pode caminhar em um Sabath respondesse 10 quilômetros , e outro 2 quilômetros, aquele que deu uma margem mais “dura” era tido como um bom discípulo, enquanto o que dava uma distância menor era tido como “liberal”, um “abolicionista da Lei”. Jesus acusava-os de inventar preceitos rígidos, fardos pesados, para cobrar dos outros o cumprimento, mas nem de longe cumpriam. Uma regra mais justa é melhor elaborada quando o próprio policiamento se policia. Isso pareceria muito mais com misericórdia, sentir a dor alheia.

4. Inventar regras para evitar debates:
A interpretação da Lei com textos fora de contexto - assim como fazem com a Graça hoje – muitas vezes foi artifício montado para evitar questionamentos de mentes mais ávidas. Jesus questionou essa postura e - sendo conhecedor da Lei( que Ele mesmo criou) – não dava brecha para esse tipo de invenção. O messias, não saindo do contexto e não estando atado a proteção de nenhuma organização religiosa, explanava as reais razões e motivações que originavam a criação da Lei. O Legalismo ainda hoje é uma forma eficaz de calar bocas, embora não passe de falácia.

5. Máscaras
A aparência na vida de um fariseu é primordial. Diferente de um político – que necessita da projeção para ganhar votos – o religioso, que tinha seu cargo assegurado por ser de descendência, exige que os lugares de honra, assim como exige que os que vivem a sua volta o tenham como uma espécie de ser sagrado, o que Jesus nunca fez.


6. Em nome da proteção da Lei, ele quebrará a Lei.
Está escrito “Não matarás”, “Não dará falso testemunho”, mas para calar a boca de Deus, os fariseus ignoram fatos e quebram o Mandamento, não explicitamente, mas com a desculpa de que, na verdade, estão destruindo o inimigo da Lei. Pregadores da Justiça cometendo injustiças para que a suposta Justiça prevaleça.

7. Fariseus perdem o foco sempre que sua teologia é confrontada.
Kemuridama é um artificio ninja para escapar de determinados confrontos, uma pequena explosão de fumaça que oculta a fuga do guerreiro. Jesus – e mesmo o apóstolo Paulo – usou a “ressurreição” como kemuridama quando estava entre fariseus e saduceus, grupos de pensamento contrário sobre o assunto, deixando de ser o foco de ataque, deixando que se engalfinhassem com suas infrutíferas discussões sobre o sexo dos anjos.
Paulo conhecia o artifício tão bem que alertou contra ele, quando soube que haviam alguns assumindo linhas “teológicas” de Apolo, Pedro ou Paulo. “estaria Jesus dividido?”. Ainda pode-se ver hoje discussões acaloradas sobre a compreensão adotada (vide Calvinismo x Arminianismo).

8. Seguir a Lei só quando é conveniente.
Por tradição, o filho do sacerdote do templo deveria assumir o sacerdócio e cumprir toda a Lei. Na época de Jesus, o sacerdote herdeiro não estava no templo, mas no deserto, não tinha vestes sacerdotais, mas pele de camelo, substitui a alimentação levítica por gafanhotos e mel. João Batista era filho de Zacarias, mas quem estava no comando dos “negócios” do templo era dois parentes, Anás e Caifás, genro e sogro. Se houvesse zelo como defendiam aqueles fariseus, certamente não assumiriam a posição que não lhes pertencia, nem quebraria a preciosa tradição, já que existe apenas um sumo-sacerdote, e não dois, intercalando-se ano a ano. A necessidade de projeção social fez com que fizessem vistas grossas àquela situação óbvia, e ignorar a Lei aqui seria prejudicial.
Muitas igrejas mantém regras obviamente erradas para manter em beneficio aqueles que a criaram, apesar de serem nitidamente injustas e incondizentes com o Cristianismo que buscam defender.

9. Por trás da aura angelical, ira belicosa.
Todo fariseu posta certo ar de equilíbrio quase zen-budista. Isso dá segurança aos que veem como referência espiritual. Isso é uma arte Alguns exageram, ficam com trejeitos estranhos, esquisitisses. Na intimidade, são pessoas comuns, até agressivas, e algumas até perversas. Isso é comum quando a necessidade da aparência suplanta a necessidade intima de conversão.

10. Mentiras em nome de Deus
Um fariseu conhece a Palavra, isso é fato. Somando-se a sua aparência de legítima santidade e o reconhecimento público de suas insignias, uma mentira ou outra, usadas por “causa justa” jamais serão questionadas. Quem, em sã consciência questionaria um servo de Deus e correr o risco de ser fulminado pelos céus por petição desse servo?
Mentiras ajudam a manter o rebanho, reforçam verdades universais com pequenas distorções benéficas aos cofres, colaborando na manutenção e expansão do reino (com letra minúscula mesmo).
É a forma mais rápida de se atuar em nome de Deus quando o Espírito não tem mais vez nas escolhas da comunidade.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Festival " Promessas " ficou na promessa e foi fracasso total de público.


Show gospel debaixo de chuva desanimou quem vinha de longe usando transporte público e não juntou nem 20 mil.

Quem leu a notícia do G1 achou que o show da gravação da atração evangélica de fim de ano da TV Globo foi um sucesso de público. O título da reportagem do RJ TV e do portal das organizações Globo foi: Multidão comparece ao Festival Promessas. As imagens da própria TV Globo, contudo, confirmam a estimativa da Polícia Militar do RJ de que o público presente não passou de 20 mil pessoas, contra os esperados e propagandeados 200 mil expectadores. Veja aqui.

A Folha.com e outros noticiosos apontaram a ausência de nomes importantes como Aline Barros e outros artistas, que ficaram de fora da premiação, como razões para o público minguado do evento. Pura bobagem. Quem ficou de fora não está com esta bola toda não.

Outros eventos contando com um elenco muito menos expressivo do que o reunido no “Promessas” juntou multidão dez vezes maior. Não precisamos ir muito longe: Diversos shows do próprio Diante do Trono reuniram público próximo ao esperado para este evento e, justiça seja feita, Aline Barros nunca juntou sozinha público comparável ao de Ana Paula Valadão, Cassiane e outras artistas do segmento.

Portanto, a ausência de outras estrelas não foi a razão do insucesso de público. As escolhas feitas e as decisões de boicote de outras gravadoras são movimentos de disputa de mercado. Obviamente, o “promessas” não é “neutro e a escolha dos participantes foi muito influenciada pelos interesses da gravadora Som Livre. Contudo, há três questões que realmente pesaram no fracasso de público, na opinião de quem entende do assunto:

A chuva. O público-alvo deste segmento de música é pertencente às classes B, C e E, majoritariamente, e o evento realizado na Zona Sul em local descoberto, distando uma boa caminhada da estação de metrô mais próxima e dos pontos de ônibus, debaixo de chuva forte, é francamente desfavorável à presença deste público que reside em locais distantes do centro e das áreas mais nobres da cidade.
 
Mas veja bem: a questão do perfil popular do público é a crucial. Não fosse por isto, a chuva não faria tanto estrago. Basta lembrar que o show de Roberto Carlos, no final do ano passado levou um milhão de pessoas à praia de Copacabana debaixo de uma chuva muito forte que só cedeu com o show pela metade. Ou seja, no popular: quem gosta deste tipo de música anda de buzão e mora longe.

Show de Roberto Carlos atraiu  1 milhão com chuva forte.
Outra boa razão foi a total desmobilização das denominações / comunidades evangélicas na promoção do evento. Shows de música gospel, queiram ou não, são entendidos pela maioria como eventos “espirituais” e a mobilização e o envolvimento das lideranças faz toda a diferença. Em geral, as comunidades vão aos shows, mais do que os indivíduos.

Finalmente, quem é do ramo sabe: Todo o processo de lançamento deste prêmio foi muito mal conduzido pelos gestores. Estes apostaram nos profissionais errados para a promoção, geraram antipatias com diversos grupos por conta de algumas ausências e escolhas fora de propósito, em questões de imagem e comunicação forçaram muito a barra no uso de jargões, simbologias e associações doutrinarias esdruxulas, carregaram nas tintas do marketing espiritual e, no fim das contas, conquistaram mais antipatia do que simpatia entre a liderança da igreja.

A TV Globo vai aprender, a duras penas, que neste “mundinho evangélico religioso” ninguém coloca azeitona na empada gospel de outros ministérios, grupos, lideranças, etc. e os “artistas” ainda tem sua imagem muito colada com suas respectivas denominações. Se a TV Globo mantiver uma estratégia forçadamente espiritual para um empreendimento claramente comercial vai descobrir que até tem crente bobo, mas a liderança é esperta e, para a maioria, a TV Globo “falando gospel” desce arranhado a garganta até mesmo do “levita” mais empedernido.

Devagar com o andor que o ídolo gospel é de barro.

Em tempo: Como Genizah é sempre Genizah, ouvi agora na favela da redação a seguinte gracinha: Tem que vê que os shows no Rio contam com proteção daquele exu-cacique cobra coral, contratado pela prefeitura... Tá brincando que os tambores iam tocar para show de evangélico, mano!

Então tá: A culpa é do capiroto. Mais uma vez desamarrado, risos.  


Danilo Fernandes, para o Gernizah


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Bispo Manuel Ferreira entrega o púlpito da Assembleia de Deus de Brasília a filho do " reverendo Moon ".


O bispo Manuel Ferreira já denunciado por ligações com a seita do “reverendo Moon”, autodeclarado, “messias”, sela, de vez, o destino de “sua” denominação com a franca apostasia.

No ano passado, Manuel Ferreira foi acusado de participar de uma cerimônia de “casamento espiritual” entre as Assembleias de Deus sobre a sua influencia e a seita de Moon, como atestam diversos vídeos disponíveis na internet gravados no templo de Moom com a presença do bispo estampada e clara, para quem quiser ver, atuando na cerimônia de "casamento espiritual". 

Agora, em outubro último, Manuel Ferreira profanou o altar da Assembleia de Deus de Brasília ao permitir que o próprio filho de Moon apresentasse o seu projeto satânico disfarçado de “plano de paz mundial”. 

Vejam no que a Assembleia de Deus Madureira está se transformando! Precisa falar?

Não foi por falta de aviso. Veja aqui a atuação do filhote do bispo, aqui mesmo na sede do Brás, em São Paulo. Resta alguma dúvida?






 



sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Tratado geral do cai-cai


Em função das recentes presepadas de Macedo, Malafaia e Valadão os evangélicos tem sido pauta constante na imprensa “secular” (detesto este uso crentês do vocábulo, mas vai lá), com especial interesse no fenômeno do cai-cai. 

Observando estas matérias, cheguei à conclusão que os jornalistas têm mesmo muita dificuldade de entender a Crentolândia, em todas as suas cores e matizes, de maneira que, volta e meia, derrapam feio com os crentes, mesmo quando querem nos agradar.

É um tal de trocar as “bandeiras” das igrejas danado! Outros juntam todos os gatos (e até mesmo alguns ratos) em um só saco e criam uma nova babel! Outros, ainda, abocam os bichanos pelos critérios errados, jogam em balaios diversos, causando as maiores saias-justas ungidas! E quer saber? Nem sei o que dá mais bafon, ver um gato reformado miando no telhado de um felino arminiano, um bichano da Mundial na fogueira santa ou ter de aturar um rato iurdiano no meio de nós!? Gargalhadas! Mas deixa isto pra lá!

Por conta disto, o Genizah, sempre no intuito de esclarecer sem complicar, risos, decidiu preparar os FLUXOGRAMAS abaixo a fim de ajudar os neófitos na gataria na difícil, quase impossível e, certamente temerária, arte de dar nomes aos felinos gospi a partir de uma rápida observação dos vídeos de cai-cai tão abundantes no YOUTUBE. 
 





L

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A injustiça na condenação de Caio Fábio.


Mariel Marra

Em 29 de novembro de 2011, o site Folha.com estampou matéria informando que a Justiça Eleitoral condenou o pastor evangélico Caio Fábio a quatro anos de prisão por seu envolvimento no chamado dossiê Cayman, episódio ocorrido em 1998.

Essa reportagem trata da setença proferida pela MMª juíza de primeira instância da 258ª zona eleitoral de Indianópolis/SP, LÉA MARIA BARREIROS DUARTE, na ação penal nº 3-57.2002.6.26.0258, em que Caio Fábio D’Araújo Filho figura como réu, sendo ele assistido, dentre outros advogados, pelo ilústre DR. ERI RODRIGUES VARELA, o qual já atuou também na defesa de Joaquim Roriz, eleito 5 vezes governador do DF, três delas pela vontade popular.

Segundo a sentença da MMª juíza, que tive acesso, proferida no dia 18 de Outubro de 2011, Caio foi condenado absurdamente segundo o art. 324. § 1º, juntamente com o art. 327, inciso I e II da Lei n. 4737/65 (Código Eleitoral) e Art. 71 do Código Penal (crime continuado), afastando-se a aplicação do art. 70 (concurso formal) do Código Penal.

Desta forma, o réu foi condenado à pena de 02 anos de detenção por infração ao art. 324 da § 1º da Lei 4.737/65 (Crime de Calúnia na propaganda eleitoral) aumentada de 1/3 em virtude da regra do art. 327 da mesma Lei (Calúnia contra Presidente da República), resultando em 02 anos e 08 meses de detenção, sendo ela dobrada ante a regra do artigo 71 do Código Penal, perfazendo tudo 04 anos de detenção e ao pagamento de 40 dias-multa cada um no valor de dois salários mínimos.

Portante este foi o cálculo feito pela douta magistrada na sua dosimetria penal, a qual mesmo embora gozando do livre convencimento, este cálculo pode ser considerado questionável, posto que ela utilizou como pena base o máximo previsto (2 anos) no dispositivo legal e não o mínimo (6 meses), tal como expressivo número de magistrados brasileiros fazem estribados no princípio da intervenção mínima, dentre outros princípios do Direito que humanizam a aplicação da pena e protegem o apenado da mão pesada e desumana do Leviathan.

Entretanto, peço venia a todos que pensarem o contrário, mas a injustiça dessa sentença não se exaure na sua dosimetria, mas antes pode-se notar o próprio fundamento legal utilizado, a saber o art. 324 da § 1º da Lei 4.737/65, o qual trata de calúnia na propaganda eleitoral ou visando fins de propaganda.
É notório neste dispositivo que o termo “na propaganda ou visando fins de propaganda” é elemento normativo do tipo, sendo que sequer há de se falar em crime se tal calúnia for feita fora do período de propaganda eleitoral, nem tiver esta finalidade.

Sabe-se que o chamado “dossiê cayman” foi feito fora de período de propaganda, nem tão pouco tinha fins de propaganda para o réu, posto que ele jamais foi candidato a cargo eletivo, mesmo diante de diversas ofertas; Portanto não cabe sequer esta tipificação no código eleitoral, quanto menos ainda ilicitude e culpabilidade.

É uma afronta ao princípio da legalidade, pois apenas a lei em sentido formal pode obrigar as pessoas a um dever de abstenção ou de prestação.

Para a justiça eleitoral, que foi quem julgou Caio Fábio nesse processo, trata-se de crime atípico, visto que para efeitos do art. 324, o período de propaganda ou o fim de propaganda eleitoral é requisito indispensável do tipo penal, sendo que ao se tratar de crime, não cabe também ao aplicador do direito fazer analogia em malam partem, isto é, de forma prejudicial ao réu.

Caberia sim julga-lo na justiça comum, segundo o art. 138 do Código Penal, contudo ainda sim seria questionável sob o ponto de vista da constitucionalidade a vedação ao instituto jurídico da “exceção da verdade“, a qual deixa de ser admitida quando o caluniado é o Presidente da república (Art 141, I – CP), sendo este dispositivo legal uma afronta de forma efetiva o princípio da Ampla Defesa.

O crime de calúnia previsto no código penal admite que o autor da acusação prove que a afirmação é verdadeira, porém absurdamente se a imputação é imposta ao Presidente da República, o código penal diz que o autor não pode provar a verdade.

Tal norma apresenta-se como uma alienígena no atual ordenamento jurídico eregido segundo o Estado Democrático de Direito, tranto a figura do Presidente, como se o mesmo não estivesse submetido as mesmas leis das demais pessoas.

Assim, aproveito o ensejo para questionar a constitucionalidade do Art 141, I e também para dizer que faz-se necessário a mudança do referido dispositivo legal, sem contudo interferir no foro privilegiado do Presidente, o qual deve continuar sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal nos crimes comuns e pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade.

De qualquer forma, cabe esclarecer aos leitores deste site que mesmo condenado em primeira instância, cabe recurso em liberdade nas instâncias superiores do poder judiciário, de onde se espera justiça. Sendo que toda pena igual ou inferior a 4 anos é cumprida em regime aberto de acordo com o Art 33, § 2º, alínea C e Art. 36 do CP, podendo ser convertida inclusive em “serviços sociais”.

Até o encerramento deste artigo um recurso já fora protocolado no dia 11/11/11 para a própria magistrada 258ª zona eleitoral, a qual manteve sua decisão no dia 24/11, considerando o requerimento do advogado de Caio impróprio, sob o argumento de que “terminou a função jurisdicional de 1º grau com trânsito em julgado, aguardando-se a prisão do réu”.

Encerro este artigo lamentando, mas também acreditando no poder judiciário, o qual há de corrigir essa injustiça. Esclareço que não escrevo para defender o Caio, pois este já tem quem o defenda no céu e na terra, mas sim como quem atende ao próprio senso de justiça que urge diante do presente caso.


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Caio Fábio fala sobre a sua condenação na justiça eleitoral no processo " Dossiê Cayman "




Caio Fábio se manifesta sobre a notícia de sua condenação da justiça eleitoral em função do chamado escândalo do dossiê Cayman de 1998.


Caio Fábio já foi inocentado na esfera criminal envolvendo o mesmo episódio e foi favorecido com depoimentos do Ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso – principal eventual prejudicado pelo escândalo causado pela divulgação do dossiê – e do então chefe de seu gabinete o ex-ministro Eduardo Jorge, do PSDB.

Da mesma forma, o Ex-presidente Lula – o eventual favorecido pelas consequências da divulgação do dossiê – igualmente inocentou Caio Fábio de qualquer responsabilidade no episódio. 



Portanto, passados tantos anos, as razões do seguimento deste processo na esfera da justiça eleitoral e a recente condenação em primeira instância parecem repousar no terreno do mistério.  Tanto mais quando certos personagens envolvidos na episódio, como o Paulo Maluf e o Collor, acusados à epoca de terem comprado o dossiê, nem mesmo foram citados.


Caio Fábio, até então em silêncio sobre o episódio, desde a publicação das matérias na FOLHA e JORNAL DO BRASIL no dia 27/11, pelas considerações que faz no vídeo a seguir, decidiu se manifestar sobre o assunto em seu programa de TV. 

A sociedade brasileira só pode desejar que o referido episódio seja esclarecido e os culpados condenados. Não somente neste caso, mas em tantos outros envolvendo denuncismo e/ou  corrupção real no meio político. 

Já a igreja, precisa ficar livre tanto dos políticos corruptos que, com raras excessões, formam não uma bancada, mas uma quadrilha parlamentar evangélica, bem como, dos líderes que insistem em transformar púlpito em palanque, sempre com consequências trágicas. 


 Leia a seguir a matéria da  FOLHA.COM  sobre o episódio.



A Justiça Eleitoral condenou o pastor evangélico Caio Fábio D'Araújo Filho a quatro anos de prisão por seu envolvimento no chamado "dossiê Cayman", informa reportagem de José Ernesto Credencio, publicada na Folha desta terça-feira .

O conjunto de papéis comprovadamente falso surgiu como tentativa de incriminar a cúpula do PSDB na campanha de 1998. Caio Fábio, o único condenado pelo episódio até agora, foi considerado responsável por elaborar e divulgar o dossiê, incorrendo em crime de calúnia, agravado por ter envolvido o então presidente da, Fernando Henrique Cardoso. Ele pode recorrer. A sentença, da juíza de primeira instância Léa Maria Barreiros Duarte, é baseada em uma investigação da qual participou também o FBI, a polícia federal norte-americana. 

OUTRO LADO

O pastor nega participação na elaboração e na divulgação do dossiê. "Tenho a consciência absolutamente tranquila. Não estou nem um pouco preocupado com isso." Ele afirmou que os papéis apenas passaram por suas mãos. "Nunca vou mudar minha versão. Não tenho nada mais a falar do caso." Seu advogado, Edi Varela, disse que entrou com recurso e nega crime eleitoral. "Esse assunto só surgiu depois das eleições, não entrou na campanha, ninguém usou."


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Mais de 5000 acessos !!!!!!!



     Que felicidade, queria agradecer às pessoas que têm perdido seu precioso tempo e visitado esse Blog, que desde maio desse ano tem publicado vários temas dos mais diversos assuntos; admito que na maioria das vezes trato de assuntos Teológicos ou relacionados a esse tema, sendo sobre a vida eclesiástica, ou até mesmo do que têm acontecido no mundo "GOSPIL" aí pelo meu amado Brasil.
      A verdade é que esse assunto, ou assuntos relacionados a esses tema faz parte da minha vida, respiro isso diariamente, e até mesmo com todos afazeres da vida que consomem um enorme tempo e dedicação, tento em alguns momentos colocar no papel a imensidão de idéias e pensamentos que me passam, e olha que muitos deles passam e vão embora, e alguns até são bem interessantes.
     Agradeço também  a amigos que têm me deixado publicar seus textos aqui nesse espaço, colaborando ainda mais com a propagação dessas sementes, que espero que cheguem a florescer no coração das pessoas que entram aqui.


Com agradecimentos sinceros  !!!!


Welton Medeiros 
Brasília, 09/11/2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sem palavras !!!!

Uma Música de Ação de Graças ao Senhor !!! Bendito seja nas alturas Senhor !!!





Deus do Impossível - Toque no Altar
Bb
Quando tudo diz que não
F9
Sua voz me encoraja a prosseguir
Bb
Quando tudo diz que não
F9
Ou parece que o mar não vai se abrir
Gm7
u sei que não estou só
E Bb
E o que dizem sobre mim
Não pode se frustrar
Gm
Venha em meu favor
Bb C
E cumpra em mim teu querer
F
Deus do impossível
O C
Não desistiu de mim
Gm
Sua destra me sustenta
Bb C
E me faz prevalecer (2x)
Bb
Deus do impossível
O Deus do impossível

domingo, 30 de outubro de 2011

O DIA DAS BRUXAS ESTÁ CHEGANDO !!!




Marcelo Lemos

Já estamos a beira de mais um 31 de Outubro. Que tem isso demais? Para muitas pessoas o 31 de Outrubro é apenas um dia para brincar de bruxo, vampiro e outros seres mitológicos. Até mesmo muitos cristãos já se entregaram as seduções do Halloween. Temos, os cristãos, algo de muito mais valor para comemorar nesta data? Sim! E não tem nada haver com trevas, mas com luz, a Luz do Evangelho.

Evidentemente estou falando do Dia da Reforma Protestante. Resumidamente, a Reforma Protestante desencadeou-se com Martinho Lutero, um monge agostiniano. Difícilmente poderíamos apontá-lo como sendo o primeiro reformador da História, nem o mais capacitado, mas foi seu nome que Deus escolheu para gravar na História. Afim de compreendermos melhor o contexto é bom citar outro nome, o de João Tetzel, também monge. Este dedicava-se a pregar e vender indulgências, como se estas pudessem, por um bocado de dinheiro, garantir o perdão de Deus. Lutero, que aquela altura já começava a descobrir algo da Simplicidade do Evangelho, levantou-se contra tal comércio; e, ao contrário do que muita gente pensa, fez questão de inocentar o Papa de tais crimes. No entanto, mesmo que suas famosas 95 Teses não tivessem a intenção de combater ou renunciar a Igreja de Roma, o Vaticano percebeu nelas princípios teológicos que ameaçavam revolucionar as estruturas da religião ocidental, e o embate com Lutero tornaria-se um verdadeira guerra teológica e política.  

Boa parte da Igreja moderna desconhece os princípios teológicos que motivaram e alicerçaram os heróis da Reforma. De fato, apesar de cada cristão evangélico de nosso tempo bater no peito para dizer-se herdeiro de Witemberg, são poucos os que fazem justiça a herança reformada. Alguém disse que um povo sem história é um povo sem identidade, e isso é muito exato como descrição da Igreja Evangélica do nosso tempo. Desconheçemos nossa história, desconhecemos nossa própria identidade. Estou exagerando?

A principal característica da espiritualidade reformada estava em focar-se na Total Soberania de Deus. O Deus crido pelos Reformados era radicalmente diferente do Deus "evangélico neopentecostal". Atualmente, Deus foi transformado num ajudante, um quebra-galho, sempre a disposição das orações e mandigas evangélicas. O Deus dos Reformados não podia ser manipulado, em hipostese alguma, em assunto algum - nem mesmo quando o tema era a salvação dos pecadores. Deus é Deus, e o homem é apenas isso: mero homem; e se recebemos ou não algo de Deus, é por sua Livre Vontade, e não porque fomos eficientes em manipulá-lo a nosso favor. "Porque quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!" (Romanos 11. 34-36).

A Soberania de Deus era tema tão valioso para a Reforma, que muitos dos inimigos da fé evangélica tentavam se valer disso contra ela. Consta que famoso apologista católico, Erasmo, provocou Lutero dizendo: "Deixe Deus ser bom!". A tal provocação Lutero respondeu simplesmente: "Deixem Deus ser Deus!". Não que os Reformadores negassem que Deus é bom; negavam que o homem tivesse capacidade para julgar a bondade de Deus. Afirmavam que Deus é bom sendo sua vontade para nós qual for. Quem é o homem para julgar o Criador? Lutero, e os Reformadores, recusavam-se a aceitar que "A Majestade, que é o criador de todas as coisas, tivesse de curvar-se diante de uma das escórias de sua criação!".

Se os heróis da Reforma vivessem hoje não veriam Deus em nossas orações, mandigas e campanhas no monte, ou nas fogueiras santas de cada sexta-feira. Eles veriam um ídolo. Um ídolo a ser combatido e extirpado do coração da cristandade.

Mas isso não é tudo. Além de enfatizar a Soberania absoluta de Deus, a espiritualidade reformada apegava-se a gratuídade absoluta do favor divino. Afinal, se a Graça não é por Graça, já não pode ser chamada de Graça. Observem que a Graça pregada nos dias da Reforma não é a mesma Graça anuciada pela maioria dos nossos tele-pastores. Você quer ser salvo? Não esqueça das listas de "faça e não faça" do Missionário David Miranda, ou dos Assembleianossauros que insistem em não entrar para a lista dos animais extintos! Você quer ser abençoado? Não esqueça de fazer um sacríficio, seja na Igreja do Bispo, da Bispa, ou do Apóstolo. Escolha seu guru e faça seu sacríficio. Porém, caso o termo "sacrifício" seja muito pesado, e faça reviver o antigo apologista que existia em sua alma, substitua-a por um termo mais piedoso... Talvez alguém lhe sugira algo como "semente".

Admitamos: o coração da religiosidade evangélica dos nossos dias é o mérito, as boas obras. Fomos enganados. Acreditamos que podemos negociar com Deus, ou que podemos fazer algo para merecer algo do Soberano de toda a terra. Nos iludimos pensando que se seguirmos certas regras de conduta, ou se contribuirmos o suficiente com nossos bens, seremos salvos e abençoados. Não é que buscamos a santificação, mas que a buscamos como um meio de barganhar com Deus. Não queremos ser santos porque Deus é santo, mas porque temos medo de alguma consequencia desagradável. Não é que sejamos realmente liberais para a Obra, mas que ofertamos como se o cristianismo fosse um título de capitalização, e Jesus o Silvio Santos dos 'crentes'! Alguém soprou em nossos ouvidos aquele verso diábolico que diz: "Deus ajuda a quem se ajuda", e nós acreditamos. Precisamos, urgentemente, reacender a chama do favor gratuíto de Deus, como nos dias da Reforma. "Mas se é por Graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a Graça já não é Graça! Se, porém, é pelas obras, já não é mais Graça; de outra maneira a obra já não é obra" (Romanos 11.6).

Temos ainda um terceiro ponto fundamental. Sola Scriptura não é apenas um termo em latin que soa robusto e atraente aos ouvidos, mas um lema de fé divisor de águas. E não é certo que cada evangélico que conhecemos faz questão de acusar os católicos romanos de seguirem "doutrinas anti-biblicas"? É certo que pensamos assim. Todavia, temos agido diferente, ou somos culpados do mesmo erro? Será que já tiramos a trave dos nossos olhos?

Os evangélicos abraçaram uma religião pragmática, que busca resultados, e apega-se a números. Não se importam com a exatidão doutrinária do pregador "A" ou "B", mas com os resultados que ele aparentemente consegue produzir. Esquecem-se de que Deus falou, inclusive, pelas cordas vocais de um Jumento; ou que os mensageiros do Hades também são capazes de milagres, ou de disfarçarem-se de mensageiros de luz. Se um pregador produz sinais, lhes faz chorar, ou se sentir bem, o resto não importa muito, se que é importa.

Com todo respeito, boa parte dos evangélicos de nossa era é hipócrita, incluindo igrejas inteiras e seus pastores. Em nossas confissões de fé, afirmamos ser a Bíblia Sagrada nossa regra de fé máxima e infalível. Mas, vivemos de acordo com tal princípio? Não é verdade que nossos pastores guiam-se muito mais por regras de mercado, estratégias de marketing e novas tendencias em entretenimento? Se um pastor deseja um "grande evento", não se preocupa mais com o conteúdo da mensagem pregada, simplesmente pega o telefone e liga para o tele-pregador mais em alta no momento - não sem antes descobrir onde está a chave do cofre, claro. Também não lhe parece muito produtivo preocupar-se com o conteúdo doutrinário das músicas do grupo de louvor, muito melhor é deixar a congregação contente e a vontade; até porque a concorrência é forte e quase sempre desleal.

As vezes tenho a impressão de que os evangélicos acham que termos como "evangélico", "gospel", "pastor" ou "levita" são o suficiente para dar legitimidade a alguma coisa. Se alguém usa algum de tais atributos, tudo se autentica sem maiores questionamentos. Eles cometem o erro de julgar o livro pela capa, sem avaliar o conteúdo. No entanto, sejamos evangelicos, pastores ou ministros de louvor, o fato é que sempre seremos assediamos pelo erro, e sempre estaremos sujeitos a ceder. Isso torna a Escritura de importancia fundamental, a fim de julgar-nos todos os dias. "Igreja Reformada sempre se reformando", era o lema dos Reformadores. Para que isso aconteça, devemos avaliar tudo a luz das Escrituras, incluindo a nós mesmos, nossos projetos e objetivos. Se não fizermos isto, corremos o ricos de estarmos fazendo nossa própria vontade, e imaginarmos que seguimos a vontade de Deus. Calvino falor de modo muito apropriado sobre isto:

De fato, se refletirmos quão acentuada é a tendência da mente humana para esquecer a Deus, quão grande é a inclinação dos homens para com toda espécie de erro e quão pronunciado é o gosto deles para forjar, a cada instante, novas fantasiosas religiões, poderemos perceber como foi necessário a autenticação escrita da doutrina celeste, para que ela não desaparecesse pelo esquecimento, nem se desfizesse pelo erro, nem fosse corrompida pela petulância dos homens.

Deste modo, como está sobejamente demonstrado, Deus providenciou o auxilio de Sua Palavra para todos aqueles aquém quis instruir de maneira eficaz, pois sabia ser insuficiente a impressão de Sua Imagem na estrutura do universo. Portanto, se desejamos, com seriedade, contemplar a Deus de forma genuína, precisamos trilhar a reta vereda indicada na Sua Palavra.

Importa irmos à Palavra na qual, de modo vivo e real, Deus Se apresenta a nós em função de Suas obras, ao mesmo tempo em que essas mesmas obras são apreciadas, não sendo o nosso julgamento corrompido, mas de acordo com a norma da verdade eterna. Se nos desviarmos da Palavra, como ainda há pouco frisei, mesmo que nos esforcemos com grande empenho - pelo fato de a corrida ser fora da pista - jamais conseguiremos atingir a meta. Devemos pensar que o esplendor da face divina, que até mesmo o Apóstolo Paulo reconhece ser inacessível (I Tm.6:16), é para nós um labirinto emaranhado, no qual só podemos entrar se, através dele, formos guiados pelo fio da Palavra. Por isso, é preferível andar mancando, ao longo deste caminho a correr velozmente fora dele! (As Institutas da Religião Cristã; Livro I, Capítulo VI).

Calvino foi profético - não no sentido evangélico de "palavra profética" - , identificando com muita propriedade o problema de estarmos sempe assediados pelo erro. E não só isso. Há também o risco de escolheremos correr por algum atalho, achando que seguir os padrões da Escritura seja algo cansativo, trabalhoso, e pouco produtivo (se avaliarmos pelas regras do mercado). Consegue, o leitor, compreender a necessidade de examinarmos tudo a Luz da Escritura? Se a resposta é positiva, está muito perto de compreender o valor de 31 de Outubro. Quero crer que muitos já o compreenderam plenamente.

O Dia das  Bruxas está chegando. Tenho a impressão de que a cada ano o povo brasileiro assimila mais e melhor o conceito importado dos gringos. Só uma coisa me incomoda mais: perceber que o 31 de Outubro, "Dia das Bruxas", já é mais brasileiro que o 31 de Outubro, "Dia da Reforma". E até "Dia das Bruxas Evangélico" já deu as caras por aqui. Será que Lutero, Calvino, e outros irmãos que tanto lutaram pela causa do Cristo, também encontrarão abrigo entre nós?


Marcelo Lemos, anglicano, reformado


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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Fui furado e eletrocutado', diz jovem gay que passou por sessão de 'cura' nos EUA


'Fui furado e eletrocutado', diz jovem gay que passou por sessão de 'cura' nos EUA


Mãos queimadas e depois congeladas. Pequenas agulhas sendo enfiadas embaixo das unhas. Sessões de eletrochoque. Tudo isso enquanto um vídeo exibia cenas de sexo explícito entre homens.

Samuel Brinton tinha apenas 12 anos quando foi submetido a uma sessão de ‘cura’ na igreja batista norte-americana após ter contado ao pai, um pastor do interior do estado de Iowa, que sentia atração pelo melhor amigo. Ele não fazia ideia de que não devia se sentir atraído por outros meninos.

O jovem, hoje com 23 anos e estudando engenharia nuclear no conceituado MIT (Massachussets Institute of Technology), contou sua história em uma série de entrevistas sobre a realidade de gays, lésbicas e transsexuais nos EUA, que já foi visto dezenas de milhares de vezes na internet.



Em seu perfil no twitter, Brinton diz que quer usar o seu exemplo para que outras pessoas possam ter uma escolha que ele não teve. 

No vídeo, ele conta que apanhou tantas vezes do pai e com tamanha violência que chegou a ser levado diversas vezes à emergências de hospitais, onde dizia que havia “caído da escada”.

A tortura no ritual da igreja batista não era apenas física. Seus pais chegaram a dizer ao menino que ele tinha Aids e que era o último gay dos EUA, uma vez que o governo teria exterminado todos os outros.

Depois de meses de tortura, ele disse ter considerado o suicídio, subindo no telhado da casa onde morava. Sua mãe, que também apoiava a tentativa de “conversão”, tentou dissuadi-lo dizendo: “Eu vou te amar de novo, mas só se você mudar.”

Brinton acabou descendo do telhado e convenceu os pais de que havia “mudado” até sair de casa para ir à faculdade. Quando resolveu assumir sua orientação sexual e voltar para casa, encontrou suas coisas todas na rua. O pai ameaçou matá-lo se ele tentasse contato novamente.


“Na última vez, ele disse que atiraria em mim se eu tentasse entrar em casa de novo”. 



*Com informações do Daily Mail e do Huffington Post


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domingo, 9 de outubro de 2011

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Um poema de César Vallejo !!! (tradução abaixo)



Piedra negra sobre piedra blanca


Me moriré en París con aguacero,
un día del cual tengo ya el recuerdo.
Me moriré en París -y no me corro-
talvez un jueves, como eshoy, de otoño.

Jueves será, poruqe hoy, jueves, que proso
estos versos, los húmeros me he puesto
a la mala y, jamás como hoy,me he vuelto,
con todo mi camino, a verme solo.

César Vallejo ha muerto, le pegaban
todos sin que él les haga nada;
le daban duro con un palo y duro....




Pedra negra sobre pedra branca



Morrerei em París com temporal ,
um dia do qual já tenho lembranças
Morrerei em París - e não fujo -
talvez uma quinta, como é hoje, de outono.

Quinta será, porque hoje, quinta, que canto
estes versos, os húmeros coloquei
na mala e, jamais como hoje, retornei
com todo meu caminho, o solo vil.

César Vallejo morreu, pegaram-no
todos sem que lhes tenha feito nada;
golpearam-no duramente com um madeiro e duramente
são testemunhas as quintas e os ossos húmeros,
a solidão,  a chuva, e os caminhos...


1892-1938

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Papa convoca protestantes históricos a se juntar aos católicos contra avanço pentecostal




O papa Bento XVI disse nesta sexta-feira que as igrejas cristãs históricas estão "perplexas" e preocupadas com o avanço das igrejas pentecostais, e convidou os protestantes a trabalhar junto com os católicos para testemunhar a fé em um mundo secularizado. 

Joseph Ratzinger fez esta declaração em um encontro com os representantes do Conselho da Igreja Evangélica Alemã (EKD) em Erfurt, cidade onde Martinho Lutero (1483-1546) foi ordenado sacerdote católico em 1507, antes de liderar a reforma protestante, em 1521.

Esta viagem do Papa à sua Alemanha natal tem um caráter ecumênico. Foi por vontade de Bento XVI que o encontro aconteceu no antigo convento onde Lutero estudou. De acordo com o Papa, a única paixão e o centro da vida de Lutero foi Deus.

Nesta sexta-feira o Papa defendeu que o mais necessário para o ecumenismo é não perder as grandes coisas que têm em comum.

"A coisa mais importante para o ecumenismo é que, pressionados pela secularização, não percamos as grandes coisas que temos em comum, aquelas que nos fazem cristãos e que temos como dom e tarefa", afirmou.

"Foi um erro ter visto majoritariamente aquilo que nos separa e não ter percebido de forma essencial o que temos em comum nas grandes pautas da Sagrada Escritura e nas profissões de fé do cristianismo antigo", acrescentou.

O Papa defendeu que os cristãos reconheçam a comunhão como um fundamento imperecível. "Infelizmente, o risco de perdê-la é real. Nos últimos tempos, a geografia do cristianismo mudou profundamente e continua mudando".

O Papa Ratzinger afirmou que este fenômeno mundial de mudança traz um cristianismo com pouca densidade institucional, pouca bagagem racional e pouca estabilidade. Por isso, ele defende a obrigação de questionar o que permanece válido e o que pode ser mudado na opção pela fé.

Após o encontro, Bento XVI e os líderes religiosos protestantes farão uma celebração ecumênica, quando um bispo evangélico lerá o salmo 164 na tradução feita por Lutero, na qual expressa a vocação cristã comum para louvar a Deus.

O Papa fará uma oração para a unidade dos cristãos, e o presidente do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos, cardeal Kurt Koch, fará uma prece sacerdotal e recitará a oração do pai-nosso. 


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Menino de oito anos adotado por lésbicas inicia tratamento de mudança de sexo


Menino de oito anos adotado por lésbicas inicia tratamento de mudança de sexo




Publicada em Vígula
UOL


Com direito a tratamento à base de hormônios, o menino Thomas Lobel, da Califórnia, está mudando de sexo e vem causando polêmica. Ele, que tem 11 anos e é filho de um casal de lésbicas, iniciou o processo aos 8 anos de idade

As mães do menino, que agora se chama Tammy, defendem a decisão do garoto, alegando que era melhor iniciar o processo de mudança de sexo já na infância, pois na puberdade tudo seria mais complicado e, nesse período, o número de suicidas com transtorno de identidade é muito maior.

Segundo Pauline Moreno e Debra Lobel, uma das primeiras coisas que Tammy aprendeu a falar foi “Sou uma menina”. Outro fator decisivo para o incentivo das mães foi o fato de aos 7 anos ele ameaçou mutilar o próprio órgão sexual. Foi aí que o transtorno de gêneros foi diagnosticado e no ano seguinte iniciaram a medicação - implantada em seu braço esquerdo e que impedirá o desenvolvimento de ombros largos, voz grave e pelos faciais no menino. 

Segundo informações do Daily Mail, o tratamento hormonal permitirá à Tammy ter tempo de decidir se é isso mesmo o que quer. Caso decida parar de tomar a medicação, será possível passar pela puberdade como um garoto normalmente, sem, inclusive, afetar a sua fertilidade. Mas ao resolver se tornar uma mulher definitivamente, os remédios ajudarão no desenvolvimento de características físicas femininas, como o crescimento de seios. 

A cidade de Berkeley, onde Tammy vive, é uma das quatro nos Estados Unidos (Boston, Seatle e Los Angeles são as outras) onde há um hospital com programas para crianças transexuais. Lá elas são assistidas por profissionais de saúde mental, endocrinologistas e pediatras especializados. 


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Um lindo poema de Juan Ramon Jimenez !!! (tradução abaixo)





El Viagem Definitivo



...Y yo me iré.

y se quedarán los pájaros cantando;

y se quedará mi huerto, con su verde árbol,

y con su pozo blanco.

Todas las tardes, el cielo será azul y plácido;

y tocarán, como esta tarde están tocando,

las campanas del campanario.

Se morirán aquellos que se amaron;

y el pueblo se hará nuevo a cada año;

y en el rincón de aquel de mi huerto florido y encalado,

espíritu errará nostáljico...

Y you me iré; y estaré solo, sin hogar, sin árbol verde,

sin pozo blanco,

sin cielo azul y plácido...

Y se quedarán los pájaros cantando.



A Viagem Definitiva



eu me irei.

E ficarão os pássaros cantando,

E ficará meu jardim, com sua verde árvore,

e com seu poço branco.

Todas as tardes, o céu será azul e plácido;

E tocarão, como nesta tarde estão tocando,

os sinos do campanário.

Morrerão aqueles que se amaram;

E o povo se renovará a cada ano;

E naquele recanto de meu jardim florido e caiado,

meu espírito vagará nostálgico.

E eu me irei; e estarei sozinho, sem lar, sem árvore verde,

sem poço branco, sem céu azul e plácido...

E ficarão cantando os pássaros




                                                      Juan Ramon Jimenez   -  1881-1958
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